2019 - Notícias - Março/Abril

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Noticìas

Província Franciscana de Santo Antônio do Brasil Março - Abril / 2019 - Ano LXIV nº 487

z i l e F a! o c s á P


Sumário

Mensagens

03 Ministro Geral...................... 04

Mensagem de Páscoa do Ministro Provincial.................. Mensagem de Páscoa do

Vida Fraterna

08 I Encontro dos Candidatos ao Postulantado 2020 ........13 Encontro dos Frades da Terceira dos Idade.................. 14 Ordenações Frei Rogério Lopes e Frei Adriano..................................... 16 Frei Dennys Santana ......................................................... 17 Frei José Edilson ................................................................ 17 Redimensionamento Comodato com a Diocese de Palmares....................... 18 Solidariedade, Evangelização e Missão Encontro do Secretariado para Evangelização............. 18 Barco Hospital Papa Francisco .........................................19 Comunidade Nossa Senhora de Guadalupe................. 20 Os filhos de São Francisco permanecem na Missão .... 22 Frades em defesa da causa indígena..............................23 Painel da Semana Santa....................................................24 Reforma da Previdência....................................................25 Últimas do V Conselho Definitorial .................................

família franciscana

26 .........................................26

Aniversário da Ordem das Concepcionistas.................. Votos da Irmã Maria Angélica


Mensagem Do Provincial

para aPáscoa

E

Páscoa, a festa da Vida stimados Irmãos e Irmãs, Paz e Bem!

Mais uma vez chegou a Páscoa do Senhor. Alegremo-nos e n’Ele exultemos, Aleluia! Jesus está vivo no meio de nós. A morte não põe fim a tudo por que nosso Deus é o Senhor da vida que vence a morte. Após o período quaresmal, voltada para fortes reflexões, meditação, penitência e conversão, a fé cristã celebra seu sentido de ser. Com a Ressurreição de Jesus começamos uma vida nova e ressuscitada. Por isso, a exemplo de Cristo, como convocados a ser amigos da vida, só assim testemunharemos que o Ressuscitado está presente na Igreja e na comunidade promovendo vida nova onde há fé, esperança e confiança. Francisco de Assis pedia a seus irmãos que “no deserto deste mundo se julgassem peregrinos e estrangeiros, isto é, como verdadeiros israelitas, e que celebrassem continuamente em pobreza de espírito a Páscoa do

Senhor, ou o trânsito desta vida à vida eterna, a passagem deste mundo para o Pai.” (LM VII,9). Com a Páscoa do Senhor reafirmamos essa compromisso franciscano de vida: de sermos pessoas renovadas em espírito de humildade e pobreza. Até hoje o Ressuscitado caminha conosco como peregrino e forasteiro. Celebrar a Páscoa, para nós franciscanos, é viver continuamente o mistério da conversão, subsistir num mundo de intolerância e individualismo, sair de tudo que nos impede de amar livremente os irmãos e irmãs, e chegar à experiência do êxodo, transformando o amargor em doçura, como fez nosso irmão Francisco de Assis. Viver a Páscoa é encontrar Cristo que está conosco nos sinais de vida que nossa fé testemunha. É encontrá-lo na Igreja, que prolonga seus ensinamentos e transmite ao mundo a vida da ressurreição. É encontrá-lo na Eucaristia, que injeta na história seu sacrifício libertador e criador de fraternidade. É encontrá-lo nos Evangelhos, que, trans-

mitidos a nós pela comunidade eclesial, coloca-nos em contato com sua vida e sua mensagem. É encontrá-lo no irmão pobre e necessitado, nos sinais dos tempos, próprios de nossa história latino-americana, na solidariedade, nas aspirações de justiça e liberdade, de nossos povos, em suas lutas e sofrimentos. É reconhecer a presença do seu Espírito nas entranhas de nossa cultura e de nossa realidade popular. Firmes e mergulhados na realidade em que vivemos, levantemos nosso olhar onde Cristo Ressuscitado está sentado e caminhemos sem tropeçar, movidos pela energia da Ressurreição. Uma santa e abençoada Páscoa para todos. Recife, 10 de abril de 2019

Frei João Amilton, OFM Ministro Provincial

2018 / Set - Out

Noticias

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Noticias 2019 / Mar - Abr


Mensagem OS DISCÍPULOS ALEGRARAM-SE AO VER O SENHOR Jo 20,19-31 Meus caríssimos irmãos, O Senhor lhes dê a paz! Neste ano, eu gostaria de partilhar com vocês uma mensagem que possa colocarse no contexto celebrativo dos 800 anos do encontro entre Francisco de Assis e o Sultão do Egito, al-Malik-al-Kamil. Uma comemoração como esta ofereceu à Igreja e à Ordem a oportunidade extraordinária de abrir espaços de reflexão e estudo no âmbito do diálogo aberto e respeitoso com o Islã e, naturalmente, com as outras confissões religiosas. Portanto, aproveitando o ensejo do que escrevi no dia 07 de janeiro passado em uma carta a toda a Ordem a propósito deste importante aniversário, eu gostaria de convidar a vocês a viverem o mstério da paixão, morte e ressurreiçãos do Senhor à luz deste particular acontecimento que nos estimula a abandonar o medo e a abrir literalmente as portas da nossa mente, permitindo que Deus aja de modo novo no coração dos homens e mulheres de boa vontade que, indistintamente, lutam por promover, em benefício de todos os homens, a justiça social, os valores morais, a paz e a liberdade (cf. Nostra Aetate n. 3). Permitam-me, então, voltar o olhar para uma passagem do Evangelho que teremos ocasião de escutar no segundo domingo da Páscoa. Trata-se de uma das aparições de Jesus ressuscitado a todos os discípulos reunidos no cenáculo “na tarde daquele mesmo dia, o primeiro depois do sábado”, segundo a versão de João (Jo 20, 19-31). Na realidade, este texto narra duas aparições separadas por um

arco de tempo de oito dias. Creio que estes dois episódios nos ajudarão a estabelecer um contexto espaço-temporal que permitirá compreender melhor a maturação da fé não só de Tomé, mas de todos os discípulos que tiveram o privilégio de contemplar com seus olhos a presença do Senhor ressuscitado. Primeira aparição: As portas do lugar onde se encontravam os discípulos estavam fechadas por medo dos judeus A expressão com que se inicia o texto, “na tarde daquele mesmo dia”, não é colocada por acaso. Pertence ao estilo narrativo do evangelista, que gosta de mostrar cenas naturais de contraste. Podemos imaginar um lugar pouco iluminado, onde se torna dificil até reconhecer os rostos dos outros, mesmo os mais próximos. É uma expressão que poderia representar a incerteza, a desilusão e o medo dos discípulos reunidos. Um medo do futuro, da novidade, do risco, da mudança, da eventualidade de perder alguma coisa. Por isso, se torna necessário manter “as portas bem fechadas”. O estado de ânimo dos discípulos é, tudo somado, algo de absolutamente normal, considerado o que Jesus passou na cruz. Talvez tenham necessidade de tempo para assimilar o que viveram ou de alguma coisa que possa reativar neles o desejo de reviver, de sair, de buscar a luz, de transformar este primeiro dia da semana em uma esperança ainda invisível. O sinal das portas fechadas representa a situação muito humana de quem busca tutelar a si mesmo e as poucas seguranças que possui. 2019 / Mar - Abr

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Mensagem

Veio Jesus e pôs-se no meio deles

Sem entrar no debate teológico-exegético a respeito do novo aspecto de Jesus, capaz de atravessar as paredes com um corpo de características diferentes, procuremos deternos no poder que Jesus tem de “entrar” naquele lugar de portas fechadas. Neste episódio, como em tantos outros, estamos diante da estratégia narrativa da mudança de situação caracterizada por uma transformação das circunstâncias, suscitada por uma iniciativa divina. No trecho depois que Jesus pronuncia as palavras paz a vós e mostra as suas mãos e o lado, o evangelista evidencia que, ao verem o Senhor, tristeza e medo se transformam em alegria (v. 20). É um texto esplêndido que propõe um itinerário a quem se lança na aventura da fé. Jesus teria podido escolher outro momento e outras circunstâncias para aparecer aos seus. No entanto, escolhe um momento marcado pelo medo dos apóstolos e pela ausência de um deles, Tomé, que será um protagonista-chave do texto. E exatamente nele eu gostaria de deter-me um momentinho enquanto analisamos a segunda aparição. Segunda aparição: Pasaram-se oito dias. Alguém poderia perguntar-se: Por que deixou passar tantos dias? Por que não tirá-lo da dúvida logo para dissipar a incerteza de Tomé que tinha ouvido dizer vimos o Senhor? O nome de Tomé significa gêmeo. Dídimo é um termo grego que o evangelista usa para traduzir o aramaico Ta’oma’. Para além deste jogo de traduções, como acontece com frequência no quarto evangelho, se esconde uma intenção teológica. O gêmeo é uma cópia, é alguém que se assemelha a um outro. No texto, Tomé desempenha um papel caracterizado por dois significados: é dominado pela dúvida que em seguida resolve quando encontra o Senhor e é ao mesmo tempo nosso gêmeo, porque nos representa na história. É aquele que, em nosso nome, pode encontrar-se face

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a face com o Senhor ressuscitado, passando da incredulidade à mais alta profissão de fé que o evangelho de João recorda: Meu Senhor e meu Deus. Tomé viu e tocou as feridas de Jesus. O texto fala claramente dos sinais dos cravos: o ressuscitado tem um corpo que está marcado por uma história de dor e de morte. Por isso, Tomé é nosso gêmeo: toca com as suas mãos as feridas do corpo, reconhecendo não só encontrar-se diante de um homem vivo, mas de Deus em pessoa. É uma história de dor e de morte que se repete todas as vezes que não somos capazes de reconhecer as diferenças e a riqueza da diversidade. É uma história marcada por uma mentalidade dominante que explorou o nome de Deus para afirmar-se e crer-se depositária da verdade absoluta sobre o divino, chegando a agredir e matar somente para defender uma posição doutrinária. Este é o cenário dramático que durante a Idade Média se realizou no encontro com a religião islâmica e que hoje ainda se repete em alguns países onde as minorias não são toleradas. Escutemos o Santo Pai Francisco Provavelmente alguns pensarão que uma reflexão deste gênero, ou as aproximações significativas que a Igreja fez, de modo particular o Papa Francisco, não têm muito a ver com a realidade crua que ainda hoje se apresenta nos países onde convivem cristãos e muçulmanos. Alguns pensam que falar de diálogo ou mostrar abertura a um possível encontro seja sinal de fraqueza e de perda da identidade. O Papa Francisco foi duramente criticado por certos setores da Igreja pelas atitudes de abertura mostradas para com outras confissões, lidas como gestos que diminuem a imagem e a reputação da Igreja e dos cristãos. Embora respeitando estas opiniões, eu gostaria simplesmente de afirmar que um simples gesto de comunhão e abertura se torna mais poderoso, eloquente, eficaz e profético


do que o desejo de uma autoafirmação muitas vezes baseada na autorreferencialidade. Recentemente, a propósito de sua viagem a Marrocos, o Santo Padre declarou que não há motivo de estar assustado pelas diferenças entre as várias confissões religiosas (Audiência geral, 03 de abril, Praça São Pedro). Como vocês sabem, o Santo Padre quis unir-se ativamente à celebração do 8º centenário do encontro entre Francisco e o Sultão al-Malikal-Kamil. Esta viagem, como a já feita aos Emirados Árabes, o testemunha claramente. O poderoso apelo ao diálogo e à edificação de uma sociedade aberta, plural e solidária, assim como a resposta que devemos dar diante da grave crise migratória, foram os temas centrais da sua mensagem. O Papa exortou fortemente a percorrermos juntos uma estrada que nos ajude a superar as tensões e incompreensões, abrindo-nos a um espírito de colabração frutuosa e respeitosa (cf. Discurso do Santo Padre: encontro com o povo marroquino, com as autoriddes, com a sociedade civil, com o corpo diplomático, 30 de março de 2019). Eu gostaria por isso, meus amados irmãos, de convidá-los a viver esta Páscoa à luz de tão grande evento. É verdade que uma escolha como a que o Papa propõe inclui certo risco e pode gerar em nós medo e incerteza, sentimentos muito semelhantes aos experimentados pelos apóstolos no cenáculo a portas fechadas. No entanto, é o próprio Pontífice que nos encoraja na sua exortação apostólica Evangelii Gaudium: “prefiro uma Igreja acidentada, ferida e suja por ter saído

Mensagem

pelas estradas a uma Igreja doente pelo fechamento e pela comodidade de apegar-se às próprias seguranças (EG 49). Ouso fazer meu este convite e dirigi-lo a todos os frades da Ordem, às minhas amadas irmãs clarissas e concepcionistas e a todos os homens e mulheres de boa vontade que estão próximos da espiritualidade do Santo de Assis: saiamos, andemos ao encontro do diferente, abramos as portas para que entre ar novo, o sopro do Espírito (cf. Jo 20, 22) que nos pede para abrir os olhos a uma realidade nova e fascinante. Não nos limitemos a crer que isto seja um sinal de fraqueza ou de renúncia às nossas convicções; pensemos antes que um mundo tão plural como este em que vivemos tem urgente necessidade de gestos eloquentes e proféticos que eduquem para uma santa e civilizada convivência. O poverello de Assis foi um sinal para a sua época e continua sendo depois de oito séculos. Não podemos contentar-nos com comemorar um evento como este, se o nosso coração não se abre à experiência do outro. Viver a Páscoa neste ano significa seguir o itinerário proposto pelo evangelho de João que, sem ignrar o medo e a tentação de fechar as portas, nos mostra que o evento da ressurreição de Cristo é capaz de transformar a nossa tristeza em alegria (cf. Jo 16, 16) e o nosso medo na coragem de testemunhar com a palavra e a vida que Jesus Cristo ressuscitou e que ele é o Senhor e nosso Deus (cf. Jo 20, 28). Boa e santa Páscoa a todos!

Roma, 14 de abril de 2019 Domingo de Ramos Fr. Michael Anthony Perry, OFM Ministro geral e servo

www.ofm.org

Prot. 108866

Obra de arte: Rafael, Ressurreição de Cristo, 1499-1502. Óleo sobre madeira, 56,5x47cm. Coleção: Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand. Doação: Walther Moreira Salles e Elisa Moreira Salles, Leão Gondim de Oliveira, Hélio Muniz de Souza, Gastão Bueno Vidigal Filho, Francisco Matarazzo Sobrinho, João di Pietro, Brasílio Machado Neto e Diários e Emissoras Associados, 1958. MASP.00017. Foto: João Musa

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Vida Fraterna

Vida Fraterna ÚLTIMAS DO DEFINITÓRIO Província Franciscana Franciscana de Santo Antônio Do Brasil

Recife - PE, 25 a 27 de março de 2019

Ǥǣ ͲͲ̴​̴​̴ȀʹͲͳͻ

² ʹͲͳͺǦʹͲʹͲ À ­ ȋʹͷ ­ ʹͲͳͻȌ ± ȋʹ͹Ȍ ² Ǥ ǡ ± À Ø À ǡ Ǥ Ø ï ʹͲͳͺǤ TRANSFERÊNCIAS  Frei Firminoǣ Ø ǡ Ǧ ǡ ǡ Ǧ Ǥ  Frei Fernando Pinheiroǣ ǡ Ǧ ǡ Ø ǡ Ǧ Ǥ NOMEAÇÕES  SAV Ǧ ­ ­ À ǡ À ǡ ± ǡ Ǧ ­ Ǥ  Vigário de Aracaju Ǧ ² ǡ À Ǥ ǡ ǡ ǡ Ǥ FORMAÇÃO E ESTUDOS

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.! Experiência Reviver o Dom da Vocação Ø ± ȋ ͳ͵ ͳͶ ʹͲͳͻȌǤ ǡ ² ǡ À Ǥ  Ordenações ȋͲͶȌ ­Ù ȋͳ͸ȀͲʹ Ǧ ǡ ʹ͵ȀͲʹ – ǡ ͲͻȀͲʹ – ± Ͳ͸ȀͲ͵ – Ȍ ȋͲͳȌ ȋͲͻȀͲ͵ Ǧ Ȍ À Ǥ 

Noticias 2019 / Mar - Abr


Vida Fraterna

ï ǡ Ȁ ǡ Ǥ × Frei José Edilson dos Santos: ʹ͹ ʹͲͳͻǡ Ǧ ǡ ± ǡ Ǥ

2Ǧ À × Ǥ ± ͺͲ × À ǡ ͳ͸ ±Ǧ Ǥ ͲͶ Ͳͺ ǡ Ǧ ǡ Ǥ ȋͲͻȌ ͳʹ ʹͲͳͻ Ǧ Ǥ ȋͲͻȌ Ǥ ǡ Ǧ ǡ À Ǥ À ­ ǡ ǡ ­ À ǡ Ǥ À ­ ­ ǡ À Ø À ­ Ǥ ǡ ʹͷ ǡ À ǡ ­ ǡ ± ǡ ­ ǡ ǡ À ­ ǡ ǡ À ­ Ǥ ² ȋͲ͵Ȍ À ­ Ǧ ǡ ͳʹ ǡ ǡ ͳͷ ǡ Ǧ Ǥ ǡ ǡ ­ Coetus formatorumǤ À ­ ± Ǥ ² Ǧ ȋ ǡ ǡ Ȍ Ǧ ­ × ȋ ȌǤ ALTERAÇÕES NO CALENDÁRIO PROVINCIAL  Encontro dos Frades Idosos – ­ Ǥ Ǧ será agora em Lagoa Seca-PBǤ ǡ ǡ Ͳͺ ͳͲ ʹͲͳͻǤ

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Vida Fraterna I Retiro Provincial – ­ Ǥ ǡ ǡ de 29 de julho a 02 de agosto de 2019. Ǥ  Encontros dos Frades Professos Temporáriosǣ Será de 24 a 26 de julho de 2019 Ǧ Ǥ  Pré-Capítulo dos Frades com até dez (10) anos de Profissão Solene (Under Ten): ­Ù ǡ ­ Ǧ ǡ Ǥ Ao invés de reunir todos num só lugar, os frades under ten se reunirão em três regionais: 1. PE/PB, 2. CE/RN, 3. BA/SE/AL. ­ ǣ Ͳ͹ Ͳͻ Ǥ ­Ù ­ Ǥ  Encontro de Párocos com o Definitório: Acontecerá conjuntamente com o Conselho Plenário da Província (de 27 a 29 de maio) ± × Ǥ Ǥ ENCONTROS  Fórum Franciscano sobre o Sínodo Pan-Amazônico: Ͷǡ ͷ ͸ ʹͲͳͻǡ Ǧ Ǥ × ǡ ± ǡ ǡ ­ Ǥ  Assembleia do SERFE em Daltro Filho-RSǣ ͺ ͳʹ ʹͲͳͻǤ ǣ Ǧ ǡ ± – ­ ǡ – ­ ǡ – ǡ – ­ ǡ ± – ȋͲͳȌ ǡ Ǥ  Encontro de irmãos da CRB em Fortaleza: ͳ͹ ʹͲ Ǥ ­ Ǥ  Congresso de Formação e Estudos da Província/2020: ± ­ ǡ ʹͲʹͲǤ Ǧ ǡ ­ Ǥ Ǥ 

ECONOMIA  Ù Ø Ǥ ï ² Ǥ × À Ǥ  Ø ǣ  Casa de Belém/PA – À Ǥ  Convento de Cairu/BA – À ­ Ǥ

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Vida Fraterna 

 Convento de Sirinhaém/PE – ­ ± Ǥ ± Ǥ Ø À Ǥ ± ǡ ­ contas (“Conta Azul”) que tende a facilitar os trabalhos de conta Ǥ ǡ ǡ × ­ À ǡ ­ ­ ǡ ² À Ǥ ­ ï ï ǡ ± Ǥ

CONSELHO PLENÁRIO PROVINCIAL (CPP) ʹ͹ ʹͻ ʹͲͳͻ Ǥ À ʹ͹ ʹͻǤ ǣ

ǡ ǡ ­ Ǥ × ­ ± Ù ʹͲͳͺǣ ­ ǡ ǡ × ǡ ǡ Ǥ ǡ ǡ Ǥ VISITA DO MINISTRO GERAL À ʹͳ ͵Ͳ ² Ǥ ǡ Ǥ À ǡ Ǧ ­ ǣ  Dia 22 e 23 de junho/Encontro em Salvador-BA: ǡ ǡ ǡ Ǥ  De 24, 25 e 26 de junho/Encontro em Lagoa Seca-PB: ǡ ǡ ǡ ǡ ǡ ǡ Ǥ  De 27, 28 e 29 de junho/Encontro em Canindé-CE: ǡ × ±ǡǤ PEDIDOS  Viagem à Terra Santa - ± ­ ǡ ʹ͹ Ͳͻ ʹͲͳͻǡ Ǥ Ǥ Ǥ

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Vida Fraterna 

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Curso a Distânciaǣ ­ ǡ ȋ Ȍ ͶͲͺ Ȁ Ǥ Ǥ Férias em Cabo Verde/Áfricaǣ ­ ȋͳͲȌ ± Ȁ Ǥ Ǥ Ministérios de Leitor e Acólitoǣ ± À × Ǥ Ǥ × ǡ Ǧ Ǥ Curso de Psicologiaǣ × ȋ ȌǤ ǡ Ǥ

 OFS/Sirinhaém – Ø ǡ ± ǡ ² Ǧ ǡ Ø ­ Ǥ  OFS/Igreja Nova – ʹ Ȁ ² Ǧ ǡ Ǥ ǡ ­ Ǥ  OFS/Otávio Bonfim – ǡ Ȁ ǡ ² Ǧ Ǥ À ǡ Ø ­ Ǥ  OFS/Regional NE AII CE-PI –

Ǧ Ȁ ² Ǧ Ǥ Ø ­ Ǥ

ȋͲͷȌ ǣ ͳǤ Convento São Boaventura – Projeto de reforma elétrica, hidráulica e pintura interna do convento. ʹǤ CPT Paraíba – Direito a terra e alimentação. ͵Ǥ Diocese de Barra – Revitalização das nascentes 02 e cisternas para a captação de águas. ͶǤ Diocese de Barra – Salão comunitário São João Batista/Comunidade de Saco dos Bois, Paróquia Nossa Senhora da Piedade. ͷǤ Associação Casa dos Sonhos – Aprender e Crescer Brincando.

Ø – ǡ ʹ͹ ­ ʹͲͳͻǤ ǡ Secretário Provincial

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Vida Fraterna

I ENCONTRO DE 2019 DOS CANDIDATOS AO POSTULANTADO DE 2020

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utoconhecimento, projeto de vida, esperanças, temores, foram estas as palavras que nortearam as reflexões e atividades do primeiro encontro de pré-postulantado da província franciscana de santo Antônio do Brasil. O encontro ocorreu entre os dias 4 e 7 de abril no Convento São Francisco em Olinda-PE. Quinze jovens, provenientes de vários estados do Nordeste, puderam dar mais um passo concreto em suas caminhadas de discernimento vocacional, uma vez que este é o primeiro, de um total de três encontros, àqueles que aspiram mais um passo na caminhada do discernimento vocacional na etapa do postulantado no próximo ano (2020). O ambiente proporcionado pelos frades, bem como a mística natural do primeiro Convento Franciscano do Brasil, permitiram um movimento de reflexão, de interioridade, a fim de que cada um pudesse responder de maneira madura a pergunta que brota de seus corações, da mesma maneira que desabrochou no coração de Francisco de Assis: “Senhor, que queres que eu faça?” À maneira do Poverello, ao perguntar sobre esta vontade de Deus, os jovens aspirantes não devem apenas se questionar sobre uma forma de vida, mas, acima de tudo, procuram entender como viver o amor de Deus, que se manifesta no rosto e na presença dos irmãos. Um processo que não pode

ser apenas racional, mas também de profunda entrega a oração e ao encontro fraterno. Todo este itinerário foi facilitado pelas provocações das psicólogas Alice Gates e Amanda Guedes, que evidenciaram a necessidade do autoconhecimento, da percepção das virtudes e fragilidades que cada um traz consigo. Somente quando o indivíduo consegue responder às suas próprias questões pessoais poderá se sentir livre suficiente para abraçar a vida fraterna, com todas as suas alegrias e desafios, e ser manifestação da graça de Deus na vida do outro. Ao fim do encontro, em uníssono, os candidatos manifestaram a alegria e a beleza do encontro e da vida fraterna, bem como a importância de questionar-se para aderir o projeto de Deus, revelado a Francisco de Assis, e perpetuado na ordem dos frades menores. Tudo isso dará possibilidade para cada um responda livremente suas inquietações vocacionais e poder dizer como São Francisco: “É isso que eu quero, é isso que eu procuro, é isso que eu desejo de todo meu coração!” Gilberto Sales Candidato ao Postulantado

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ENCONTRO DOS IRMÃOS IDOSOS

les foram chegando. De Canindé: Frei Osmar e Dom Martinho; de Mossoró: Frei Agostinho; de João Pessoa: Frei Vito e Frei Fernandes; de Campina Grande: Frei Petrônio e Frei Hermano Cürten; de Lagoa Seca: Frei Anésio, Frei Salvador, Frei Urbano, Frei Hermano Schwartbeck e Frei Protásio; de Pesqueira: Frei Domingos, Frei Manoel Ferro e Frei Francisco Fernando; de Penedo: Frei Walter e Frei Aluisio Domingos; de Recife: Frei Amilton e Frei Romualdo, estes só chegaram no outro dia. E assim na noite do dia 08 de abril tivemos um recreio de confraternização. Foi muito animado. E o encontro se desenrolou até o dia 10 de abril de 2019. No dia seguinte, Frei Walter, coordenador do encontro, deu boas vindas a todos, justificou a mudança de local – de Salvador para Lagoa Seca – e a ausência de Frei Edilson. Pediu para Frei Fernandes fazer o relatório e Frei Osmar as fotos. Foi também combinado o horário: Missa com o povo às 18h e no dia 10 só entre nós as 06h30. Ficou combinado também que no primeiro dia teremos uma partilha da vida de cada um pela manhã e à tarde uma reflexão com Dom Martinho. E no dia seguinte (10) podíamos dizer o que se pensa da própria vida e o que a Província pensa do idoso.

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Seguido, Frei Walter, fez a leitura de I Celano, cap. 4 número 98 que trata do fervor de São Francisco e de sua doença: “Mas é uma lei irresistível da natureza humana: o homem exterior perece progressivamente, ao passo que o homem interior se renova constantemente; dessa forma, aquele vaso preciosíssimo, em que estava escondido o tesouro começou a rachar por todos os lados e a se ressentir da perda de forças”. Após um momento de silêncio começaram as partilhas. * Frei Hermano Cürten: Fez cirurgia de hérnia, bexiga, apendicite e próstata. Tomou oito aplicações nos olhos. Está um pouco melhor. Tudo isso complica o trabalho pastoral; acompanha as comunidades, celebra para as clarissas. Sente-se mais avaliando a comunidade. Agradece a Deus por tudo. * Frei Manoel Ferro: Está muito bem em Pesqueira; tem tempo para refletir sobre a caminhada; está também acostumado com sua doença; de 15 em 15 dias vai a Arcoverde para ficar com sua mãe que já tem 95 anos. * Frei Osmar: Tem cuidado com a saúde; está sempre consultando os médicos; tem oito comunidades, sendo duas na cidade e seis no interior; atende os romeiros; ler Augusto Curi e Pe. Reginaldo Manzotti.


* Frei Salvador: Está bem na comunidade; está com um principio de catarata, mas “é por conta da idade”; continua fazendo seus trabalhos; acolhe as pessoas para as missas e nos encontros da casa. * Frei Agostinho: Está bem na comunidade. Fez cirurgia de hérnia e espera para fazer de outra. Atende às pessoas na igreja e no convento. * Frei Urbano: Fez cirurgia de hérnia, catarata e angioplastia; pastoralmente não tem muito o que fazer; sente muito que a paróquia foi entregue; ajuda em Campina Grande no convento e nas clarissas. * Frei Vito: Fez transplante córnea que recebeu de um rapaz de 26 anos; a recuperação é lenta; participa das orações com a comunidade; não tem condições de celebrar com o povo; terça e quinta-feira atende confissões na paróquia e atende em outros horários quando é chamado. * Frei Fernandes: Cuida da casa; está reformando os quartos e os banheiro do primeiro andar; os capítulos locais e os retiros estão programados para a primeira e a terceira segunda-feira de casa mês; vai sempre aos médicos, especialmente ao neurologista; Frei Zezinho e Frei Hermano se articulam nas celebrações das missas; Frei Anastácio, como Deputado Federal, viaja para Brasília, na segunda-feira e volta na quinta; na sexta, com frequência, viaja para o interior. * Frei Anésio: já não pode fazer tantas coisas; faz o que é extremamente necessário; cuida da bomba d’água, do relógio, compra o pão; com 87 anos faz tudo lentamente; vai sempre aos médicos, sobretudo para cuidar da labirintite; gosta muito da comunidade. * Frei Walter: Em Penedo são quatro frades permanentes e um estagiário; o que fazer para atender os apelos da vida religiosa como oração, capitulo da casa entre outros; a vida da paróquia é muito cheia, são quarenta e sete comunidades; eles fazem rodízio de modo que todos possam participar da vida da paróquia; o convento pode ser uma hospedaria, mas os quartos são quentes, não tem ar condicionado; a fraternidade fez uma carta ao Definitório colocando algumas alternativas em vista da vida fraterna; Frei Firmino foi transferido para Penedo para ficar perto de sua mãe que já é idosa e precisa de atenção. As partilhas foram encerradas porque os outros frades preferiram não falar. Foram dadas as boas-vindas ao Frei Amil-

Vida Fraterna

ton e ao Frei Romualdo. Seguindo Dom Matinho assumiu a reflexão. Ele disse que é importante olhar a nossa vida. Como estou me sentindo? É importante olhar a voz do Cristo dizendo “eu sou um filho muito amado”. E a partir deste tema ele, Dom Martinho, refletiu conosco na tarde de terça-feira. O texto vamos enviar para os confrades em separado. Quarta-feira chegamos ao final do encontro. Frei Walter colocou duas perguntas: como nós pensamos a casa dos idosos? A Província tem uma proposta? Depois passou a palavra para Frei Amilton que disse: “a nossa formação permanente começa desde o nosso nascimento. Temos três pontos importantes: a vida pessoal, a vida fraterna e a vida missionária. As fraternidades não devem se acomodar num ritmo de monotonia. A vida de oração, a vida fraterna, momentos de recreio são importantes para dinamizar a vida, para tornar a vida mais atraente. Um passeio de vez em quando é muito bom. Temos uma tendência de querer ficar onde estamos. Devemos estar abertos. O nosso projeto de vida inclui os pobres, pastorais específicas, romarias. Está todo mundo em atividade. Um desafio para nós é a formação. A formação do povo em geral e a nossa formação. Qual é a compreensão de idosos que temos? O que a Província pensa a respeito do idoso? Foram feitas várias ideias para a casa do idoso. Pensamos que ela deve ser aqui em Ipuarana, ao lado da casa do Noviciado. Vai ser tratado no Conselho Plenário da Província no final de mês de maio”. Foi sugerido que se convide o Frei Klaus, de Bacabal, para dar uma opinião sobre a casa do idoso. Seguindo encaminhou-se o final do encontro. Foi dito que o encontro foi bom, com as partilhas, mas sobretudo com a reflexão de Dom Matinho; foi também muito positiva a presença de Frei Petrônio que mesmo sem ouvir direito esteve presente o tempo todo. Foram feitas algumas sugestões: não fazer este encontro próximo a semana santa; no encontro dos guardiães falar mais sobre o cuidado do idoso; fazer este encontro no final de semana. Esta sugestão foi aceita. Em seguida fomos ver o local onde será construída a casa dos idosos. Ipuarana, 10 de abril de 2019. Frei José Carlos Fernandes Redator. 2019 / Mar - Abr

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Ordenações

Ordenações

O CONVENTO PRIMAZ DOS FRANCISCANOS NO BRASIL, EM OLINDA/PE, ACOLHE DUAS ORDENAÇÕES

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om o lema “Discerni tudo e ficai com o que é bom” (1Ts 5,21), os frades Rogério Lopes e Adriano Ferreira deram seu sim a Deus se comprometendo com o serviço ao Seu povo. Frei Rogério abraçou o sacramento da Ordem no grau presbiteral e Frei Adriano no grau dos diáconos. Ao final da tarde do dia 09 de março, às 17h, deu-se início a Celebração Eucarística que contou com a presença de várias pessoas provenientes de diversos lugares de onde os ordenandos já haviam passado, familiares, amigos, religiosos e um bom número de presbíteros e diáconos. A Celebração que foi presidida por Dom Carlos Alberto Breis Pereira, OFM, foi rica em simplicidade e peculiaridade. Contemplando os familiares dos ordenandos que, os ladeando, carregavam as vestes que tempos depois eles seriam revestidos, os presentes foram tomados pela emoção de vê-los dispostos a se doarem ao servi-

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ço do povo de Deus na Ordem dos Frades Menores. Dom Beto recordou a importância do serviço autêntico, chamou atenção para que eles não sejam ministros de si mesmos, mas, sobretudo, dos pobres. Já Frei Rogério, ao final da celebração, agradeceu a todos que somaram forças na realização da ordenação e falou ao povo que o ministério presbiteral não é o fim, mas o começo de um serviço de doação e entrega. Ao final da celebração, como que estendendo a ceia sagrada, os presentes se confraternizaram com música, alegria e alimento. No domingo (10), Frei Rogério presidiu sua primeira Eucaristia e contou com o serviço diaconal de Frei Adriano, ordenado com ele no dia anterior. Que o Deus-Amor (,) torne Frei Rogério e Frei Adriano conformes ao coração do seu Filho: manso e humilde. Paz e bem. Frei Faustino dos Santos, OFM


N FREI DENNYS É ORDENADO PRESBÍTERO EM CAMPO FORMOSO/ BA

Ordenações

o dia 16 de março do corrente ano foi ordenado prebitero Frei Dennys Ferreira Satana, OFM por Dom Beto Breis, Bispo de Juazeiro da Bahia, na paroquia de Santo Antonio em Campo Formoso - BA. Estava presente Frades da provincia e religiosos de carisma franciscano, padres da região e professores do ordenando. Como também seus pais Dona Eulina e seu Raimundo que se apresentavam emocionados em toda a celebração. Em sua homilia Bom Beto enfatizou que Frei Dennys em seu Ministerio não esquecesse do “cristo cruxificado, pois não há sacerdocio sem cruz”

FREI JOSÉ EDILSON É ORDENADO PRESBÍTERO NA CATEDRAL DE PENEDO-AL

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or causa d’Ele perdi tudo e considero tudo como lixo, a fim de ganhar Cristo e ser encontrado junto a Ele” (Fl 3, 8) Esse trecho da carta de São Paulo aos Filipenses que Frei José Edilson Maurício dos Santos escolheu como lema da sua Ordenação Presbiteral revela o modo como o Neo-Presbítero compreende o Ministério que abraçou. É uma declaração de que nada mais importa senão doar a vida para alcançar a Jesus, o sumo e eterno sacerdote do Pai. A Celebração Eucarística, na qual Frei Edilson foi instituído ministro do Sacramento da Ordem no segundo grau pelas mãos de Dom Valério Breda, Bispo da Diocese de Penedo-Alagoas, e Oração da Igreja, tornou-se uma ocasião de emoção, mistério e beleza. A condução do rito, os cânticos, a participação dos pessoas, revelaram como na vida do jovem frade ordenando é presente o mistério da entrega e da doação ao serviço do Povo de Deus. Dom Valério na homilia recordou ao então ordenando que o caminho do padre é um caminho

de dor e doação. E Frei Edilson, acolhendo com carinho cada um das palavras que foram proferidas, agradeceu a Deus e as pessoas que o ajudaram. Reconheceu que sua entrega é fruto de uma resposta sincera que foi lhe confirmado na fraternidade, a qual ele disse ser seu lugar teológico. No dia seguinte a sua ordenação (28/04), domingo da misericórdia, na Igreja do Convento de Santa Maria dos Anjos, Frei José Edilson presidiu sua primeira Eucaristia e contou com uma grande porção do povo de Deus e de irmãos de ministérios. Foi ocasião graciosa e agraciada. Que seu ministério seja fecundo na vida das pessoas e que Frei José Edilson seja, pela resposta ao chamado de Deus, um anunciador da misericórdia divina pelo seu testemunho de serviço e alegria. Frei Faustino dos Santos, OFM

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Redimencionamento CONTRATO DE COMODATO ENTRE A PROVÍNCIA E A DIOCESE DE PALMARES

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o dia 29 de abril de 2019, foi oficializado entre a Província Franciscano de Santo Antônio, pelo seu representante legal Frei João Amilton dos Santos, Ministro Provincial, e a Diocese de Palmares, pelo seu representante Dom Henrique Soares da Costa, Bispo Diocesano, o Contrato de Comodato do Convento de São Francisco, circunscrito na Diocese de Palmares, localizado na Paróquia de Nossa

Senhora da Conceição, em Sirinhaém-PE. Por este Comodato de Comodato, a Província de Santo Antônio sede aos cuidados e uso da Diocese, por 10 anos, inicialmente, o Convento de São Francisco que, será habitado por religiosas da Fraternidade O Caminho. Peçamos ao Deus da vida que essa experiência seja gratificante para todos os envolvidos. Paz e bem.

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IPOJUCA ACOLHE O 1º ENCONTRO DO SECRETARIADO PROVINCIAL PARA EVANGELIZAÇÃO E MISSÃO

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o dia 03 de abril do ano em curso, no Convento Santo Antônio de Ipojuca-PE, aconteceu a primeira reunião do Secretariado Provincial para a Evangelização e Missão. Coordenado por Frei Gilmar Nascimento, moderador dessa secretaria, o encontro contou com a participação dos representantes do Serviço de Animação Vocacional da Província, Frei Joanan Marques, Comissário da Terra Santa, Frei Luís Augusto (Guto), o Representante dos Pá-

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rocos, Frei Antônio Rodrigues, da agenda Justiça, Paz e Integridade da Criação (JPIC), Frei César Lindemberg, das Missões, Frei Francisco Rogério e da Comunicação Provincial, Frei Faustino dos Santos. Os únicos serviços que compõem a equipe que, porém, não foi possível se fazerem presentes foram os representantes da Formação e Estudos, Frei Sérgio Moura, e da Família Franciscana, Frei Fernandes. O encontro ocorreu num clima de grande tranquilidade e praticidade. Num primeiro mo-

mento houve uma pequena reflexão sobre o documento iti nutiande que resgatou o papel e a importâncias das Pequenas Comunidades Inseridas (PCI’s) que protagonizou um espaço interessante de vivência do Evangelho no período do Pós-Concílio, mas que, nesse momento encontra-se bastante tímido e enfraquecido. Seguiu-se o momento da partilha da atuação provincial dos serviços que compõem esse secretariado e num último momento foram pensados e planejados encontros competentes a essa agenda como o Encontro de Párocos, que será realizado junto ao Conselho Plenário Provincial, no final de maio, o Encontro de Párocos e Leigos que já consta no Calendário Provincial, e o Encontro de Juventudes que, nesse ano, será realizado em âmbito Local ou Regional, em preparação ao Provincial e posterior Nacional. Frei Faustino dos Santos, OFM


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FRADES PARTICIPAM DA BENÇÃO DO BARCO HOSPITAL PAPA FRANCISCO

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o ano de 2013, de modo mais preciso no período da Jornada Mundial da Juventude no Brasil, o Papa Francisco visitou um hospital que está sob os cuidados da Associação e Fraternidade São Francisco de Assis na Providência de Deus. Nessa visita, o Papa Francisco em uma conversa com o Frei Francisco Belotti (Superior Geral) questionou-lhe se a fraternidade tinha presença na Amazônia, e os encorajou a realizar algum projeto naquela região. A partir disso, os frades sentiram-se motivados a atender essa solicitação, e no dia 5 de novembro de 2018, apresentaram no Vaticano, ao Sumo Pontífice, a maquete daquilo que seria um “barco-hospital”. Esse projeto é uma iniciativa conjunta entre a Diocese de Óbidos, com apoio da Fraternidade supracitada e o Ministério do Trabalho. A finalidade desse projeto consiste em levar saúde às comunidades ribeirinhas na região amazônica e atuar na prevenção do câncer, através da

realização de exames, triagem e alegria pelo sonho realizado e a diagnósticos. Para isso o barco- presença dos confrades das ra-hospital tem uma estrutura que mificações citadas. Uma nova conta com ambulatórios, labora- etapa se inicia, agora o barco tórios, bloco cirúrgico, alojamen- está sendo submetido a um períto para os profissionais da área odo de testes e segue realizando de saúde, que em sua maioria, reparos finais. Posterior a isso, o serão voluntários dos hospitais- barco irá para Belém, onde rece-escola, administrados pela Fra- berá uma imagem da Virgem de ternidade São Francisco de As- Nazaré e seguirá para Óbidos – sis na Providência de Deus, bem PA, onde após uma celebração, como a assistência de congre- partirá para sua primeira misgações religiosas franciscanas são. femininas, como por exemplo, a Rezemos para que este propresença constante de uma frei- jeto “ousado” possa em sua ação ra que é médica. e finalidade atender aqueles que Deste modo, rendemos lou- tanto necessitam de assistência vores a Deus, que na tarde do dia médica em realidades tão desa20 de março de 2019, contando fiadoras, assim como nos lemcom a presença de religiosos da brava Frei Francisco ao afirmar Ordem dos Frades Menores, Ca- que “o povo da Amazônia tem dipuchinhos, engenheiros e mem- ficuldades em ver médicos e sabros governamentais, aquilo que cerdotes, e neste barco-hospital anteriormente era apenas um eles verão isso”. projeto, preso a folhas de papel, toma cumprimento. Frei César Lindemberg,OFM Na Indústria Naval do Ceará Moderador do JPIC Provincial (INACE) o Barco-Hospital Papa Francisco recebeu a benção de Deus pelas mãos do Frei Francisco Belotti que salientou a sua 2019 / Mar - Abr

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COMUNIDADE NOSSA SENHORA DE GUADALUPE Sítio Cruz – Garanhuns/PE.

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anter uma comunidade viva, alegre, participativa, sem correr o risco de envelhecer ou cair na mesmice, exige criatividade, dinâmica, envolvimento de todas as faixas etárias; se faz necessário alimentar a fé com o Pão da Palavra e o Pão da Eucaristia; para alimentados, irmos além da “sacristia”, pois alimento da Palavra e do Pão nos impulsionam a sermos uma “Igreja em saída”. É necessário o envolvimento em projetos que ajudem na articulação da Fé com a Vida. É essencial que se crie um sentimento de pertença. E para desabrochar esse sentimento precisamos sair do nível de meros “tarefereiros” e provocar a Comunhão e Participação já a muito tempo presente em documentos da Igreja. O cuidado e o zelo em oferecer e participar do Pão da Palavra traz para a vida comunitária um “novo ardor” missionário, pois a Palavra de Deus é “como a chuva que cai e não volta sem deixar um sinal”. O Povo de Deus tem fome do Pão da Palavra. Rezar, estudar a Palavra nos inquieta e nos impulsiona à missão e mais importante, faz a gente acreditar que “um novo mundo é possível, necessário e urgente”; apesar e sobretudo pela existência das forças contrárias presentes na so-

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ciedade, próprias desse sistema capitalista que produz morte. Alimentar-se do Pão da Eucaristia é comungar. Quando comungamos do Pão da Eucaristia, estamos comungando da vida e missão de Jesus de Nazaré. Nossa vida recebe a vida de Jesus que nos revigora e fortalece para assumir seus passos aqui na realidade que eu faço parte, no hoje, no agora. Só há comunhão com Jesus se houver compromissos de vida, de justiça com os mais pobres pois “quem não ama seu irmão, a quem vê, não poderá amar a Deus, a quem não vê” (IJo 4,20). Comungar é coisa séria, não podemos comungar com Jesus sem comungar com os que foram criados à imagem e semelhança de Deus. As comunidades não podem se distanciarem de sua essência que é a comunhão/compromisso com os empobrecidos, a articulação entre a Fé e a Vida. Podemos refletir o nível de amadurecimento de uma comunidade, aferindo a qualidade de vida dos pobres que vivem nessa comunidade e em seu entorno, pois assim nos ensinam as primeiras comunidades “E não havia necessitados entre eles” (At 4,34). Precisamos acreditar em nossos discursos, em nossas reflexões. Às vezes fico pensando que somos apenas “papagaios”, repetimos discursos bonitos, até profundos, mas não nos empenhamos em torná-los vivos, experiências de vida. O testemunho convence, o testemunho atrai, oferece credibilidade, dá moral. Falar de uma experiência, que longe está da perfeição, mas que caminhamos na busca de sermos testemunhas de Jesus. A Comunidade N. Sra. De Guadalupe no Sítio Cruz, Garanhuns – PE teve um privilégio de conviver com a presença Franciscana ao longo de quatro décadas, presença discreta, simples e de uma comunhão profunda com Deus e os pobres. Os últimos anos apenas Frei Juvenal Bonfim se fazia presente. Em outubro de 2014 Deus o chamou para pertinho Dele. Uma experiência dura, doída para a comunidade e para todas as comunidades da região. Sua partida para junto do Pai deixou em nós um compromisso de não deixar morrer seu legado que se resume numa vivência espiritual comprometida com a vida em todas as dimensões e cá estamos nós dando passos, sem pressa, mas caminhando e acreditando que seguindo os passos de Jesus, o Reino de Deus começa a se tornar realidade. Na comunidade temos catequese, grupo jo-


vem, evangelização, terço dos homens, equipes de liturgia, ministros da Eucaristia, coroinhas, equipe do dízimo, preparadores para o Sacramento do Batismo e da Crisma. No espaço realizamos encontros da Comissão Diocesana de CEBs, da Comissão Ampliada das CEBs, Assembleia diocesana de CEBs, Festa da Colheita e acolhemos outros grupos para retiros e encontros. A Escola Fé e Política da diocese funciona também nesse espaço. Muito interessantes são os mutirões para limpeza da área. Nessa ação é bem visível o sentimento de pertença. Quando iniciamos esses mutirões ficávamos sempre avisando, convidando, preparando lanche. Hoje, eles mesmos se articulam, trazem o lanche, e (.) deixam o espaço bem limpo, acolhedor. Sem sombra de dúvidas, a Escola Bíblica Frei Juvenal vem nos ajudando a compreender, a vivenciar a Fé no Deus Libertador, no Deus dos pobres, dos oprimidos e essa compreensão nos enche de coragem e vontade de criar, de vivenciar experiência do Reino. Como é bom contemplar na comunidade o desabrochar de uma espiritualidade inclusiva, libertadora! A experiência nova, não menos nem mais importante é o Projeto da criação de cabras envolvendo 15 pessoas (crianças, adolescentes, jovens). É uma parceria com a Universidade Federal Rural de Pernambuco – Unida Acadêmica de Garanhuns (UFRPE-UAG). Como surgiu? Saulo é filho de um ex-aluno de Frei Juvenal, veterinário com doutorado, professor da Universidade nos procurou querendo realizar algum projeto na comunidade. Parceria é coisa muito importante, sobretudo quando se comunga dos mesmos sonhos. Não demorou muito e já sentimos o espírito franciscano impregnado no seu jeito simples de encarar a vida. Tornou-se irmão nosso. Ele é parceiro de verdade. Alguns dias da semana ele

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dorme no sítio para logo cedo se envolver nos trabalhos. Esse projeto de criação de cabras é assumido por ele com alguns alunos e pelo grupo da comunidade. O que se espera desse projeto? Que adolescentes e jovens da comunidade peguem gosto pelo trato com os animais e descubram possibilidades de ter uma vida digna na área rural sem precisar buscar fora meios para sobreviver. Algo que vai acontecendo a médio e longo prazo. A convivência com o professor e com alunos da Universidade faz esses adolescentes e jovens sonharem com a vida universitária, isso percebemos nas conversas, brincadeiras... Recebem dos alunos e professor orientação de como alimentar, cuidar desses animais. É bem dinâmico. Imagine o professor chegar com aparelho de ultrassom e essa gente presenciar e até ajudar a realizar exames de ultrassom, aprender a verificar se estão com anemia, como realizar o casqueamento. A ideia é que à medida que o rebanho for crescendo as famílias envolvidas recebam crias e assim teremos uma rede de criação de cabras podendo no futuro termos um polo de criação e produção de derivados do leite de cabra. Tudo isso traz animação, vida nova para comunidade. No momento estamos com três cabras, um bode e dois cabritos. Fizemos uma escala de serviços. Temos todas as manhãs e todas as tardes uma equipe alimentando, dando água, limpando o espaço. Criamos espaço para confraternização, celebração de todos os trabalhos realizados na comunidade. Momento para agradecer o desempenho de todos. Assim acreditamos “Gente simples fazendo coisas pequenas, em lugares pouco importantes, consegue mudanças extraordinárias”. Cida Souza

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Solidariedade, Evangelização e Missão O FILHOS DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS PERMANECEM ENTRE OS TIRIYÓ

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aros irmãos, paz e bem! Em virtude da decisão do capítulo provincial de 2018, sobre a entrega da Missão Tiriyó aos cuidados da Diocese de Óbidos, aconteceu no dia 22 de dezembro de 2018, a celebração de posse que instituíra os novos missionários, Franciscanos da Providência, o encargo de zelar social e espiritualmente o povo Tiriyó. A celebração contou com a presença de muitos fiéis que se encontravam na Missão para a festa do ‘pupuri’, dos líderes Tadeu Simetu Tiriyó e Tito Meri Tiriyó, dos religiosos da Província Franciscana de Santo Antônio, Fr. Ronaldo e Fr Joanan, dos Franciscanos da Providência, Fr. Afonso, Fr. Ângelo, Ir. Juliana, Fr. Nicolau e do Senhor Bispo diocesano Dom Bernardo Bahlmann. O rito que conferiu a transferência de instituição aconteceu de forma simples, oportunizando aos indígenas externar suas expectativas sobre os novos agentes, como também rememorar as belas experiências que tiveram desde a chegada dos primeiros frades naquele lugar. A dedicação exclusiva dos nossos confrades permanece viva na memória coletiva, marcada por inúmeros sacrifícios e desprendimento, principalmente ao se cultivar esperança nos dias mais difíceis. A permanência franciscana resiste ao tempo mediante a estrutura física criada pelos missionários, através das amizades feitas ao longo dos últimos 60 anos e, especialmente na continuidade do carisma devido a presença dos novos irmãos. Oxalá perdurem na fé os Franciscanos da Providência, compartilhando as dores e alegrias dos Tiriyó, ligados umbilicalmente na luta por seus direitos, haja vista o clima atual de insegurança que ameaça os direitos dos povos indígenas. Que Deus abençoe a todos! Fraternalmente, Fr. Ronaldo e Fr. Joanan

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FRADES PARTICIPAM DE ATO EM DEFESA DOS POVOS INDÍGENAS

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o dia 31 de março, quarenta povos indígenas promoveram uma marcha de resistência contra as medidas tomadas pelo Governo Federal para efetuar mudanças na demarcação de terras no país. A principal crítica é à medida provisória que transfere a responsabilidade da demarcação de terras da Fundação Nacional do Índio (Funai) para o Ministério da Agricultura, sob o comando da ex-deputada Tereza Cristina, que foi presidente da bancada ruralista no Congresso. Os frades da fraternidade Nossa Senhora das Dores, em Fortaleza, se fizeram presentes na marcha, tendo em vista que a defesa dos mais vulneráveis e marginalizados desta terra é uma das prioridades que fala diretamente ao carisma franciscano. A procuradora Nilce Cunha Rodrigues lembra que o MPF possui uma condição imposta pela Constituição Federal, que é a de defender os direitos dos índios. “Qualquer violação, ameaça, não vamos deixar passar em branco”. Nilce, diante das mudanças e confusões geradas pela MP 870, entende que mesmo antes, com a Funai apta a fazer essa defesa, “estava difícil de conseguir as demarcações”. A estrutura do órgão indigenista funcionava, mas não era eficiente. “Agora piorou muito, a Funai

teve atribuições esvaziadas. En- ocorrerão no âmbito da Secretatão estaremos prontos para es- ria de Assuntos Fundiários, que tar ao lado de vocês”, conclui. será controlado por outro ruraQuando olhamos para a situ- lista (Nabhan Garcia, presidente ação fundiária dos territórios da União Democrática Ruralisindígenas no Ceará, nos depa- ta)”, afirma Weibe Tapeba, tamramos com um caso exemplar bém vereador no município de para a política indigenista pós- Caucaia. -MP 870/19. São 22 terras traO fechamento da Secretaria dicionais, dispostas em 20 mu- de Educação Continuada, Alfanicípios do estado, e apenas uma betização, Diversidade e Includelas, a Córrego João Pereira, do são (Secadi), do Ministério da povo Tremembé, está homologa- Educação, não é aceito pelos poda. Todas as demais terras estão vos indígenas. Na Secadi havia sem regularização, estaciona- a Diretoria de Diversidade, codas em alguma etapa do proce- mandada por Rita Potiguara, e lá dimento demarcatório; outras, eram tratados os temas de Edusem nenhuma providência. cação Escolar Específica, tanto São 14 povos espalhados en- para os povos indígenas quanto tre o litoral e o interior, tendo a para os quilombolas. “Não sacapital Fortaleza como a cidade bemos como ficará a educação com a maior concentração de indígena sem a Secadi. Sou proindígenas (IBGE, 2010). Não é fessor indígena e o que estamos necessário fazer muitas contas querendo é que o governo volte para perceber que o Ceará é um atrás, restabeleça a Secadi pordos estados com o maior déficit que é uma secretaria importante demarcatório do país. Em con- pra nosso projeto de educação trapartida, a MP 870, publicada diferenciada, de escola diferenpelo governo Bolsonaro, logo no ciada”, protesta Thiago Anacé. primeiro dia do ano, transferiu Rezemos e lutemos do lado para o Ministério da Agricultura, dos nossos irmãos, principalPecuária e Abastecimento a atri- mente nestes tempos de maior buição de identificar, demarcar e incerteza. registrar as terras indígenas. “Não sabemos como as deAsé, Awuerê, Paz e Bem! marcações ocorrerão, ninguém Frei Erick Ramon, OFM sabe. O que sabemos é que a MP é para inviabilizá-las porque o Ministério da Agricultura está nas mãos de uma ruralista (Tereza Cristina, da bancada ruralista da Câmara) e os procedimentos 2019 / Mar - Abr

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REFORMA DA PREVIDÊNCIA SÓ SE FOR PARA AMPLIAR A JUSTIÇA SOCIAL “Como é feliz aquele que se interessa pelo pobre!” (Sl 41,1a)

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Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC) e a Coordenadoria Ecumênica de Serviço (CESE) manifestam preocupação com a proposta de Reforma da Previdência encaminhada pelo Governo Federal ao Congresso Nacional. Enquanto organizações baseadas na fé cristã, CONIC e CESE creem que uma Reforma da Previdência só pode ocorrer se for para ampliar a justiça social para todos e todas. Excluir, jamais! A Reforma da Previdência não pode atender aos interesses de empresários, banqueiros e seguradoras. Não é compatível com o Evangelho de Jesus Cristo um projeto que maltrate o trabalhador e a trabalhadora e, por outro lado, deixe intocadas as classes mais abastadas – como funcionários públicos do alto escalão e militares. Precisamos estar atentos para não “pervertermos o direito dos pobres” (Ex 23:6). Eles não podem ser mais penalizados do que já são. Dificultar acesso ao Benefício de Prestação Continuada (BPC) ou aumentar o tempo de contribuição para o trabalhador rural, por exemplo, é tremendamente injusto, pois pune justamente quem mais precisa (Pv 14:31). A Previdência pública brasileira está entre um dos maiores planos de seguridade social do mundo e é importantíssima no que se refere à garantia de renda das populações mais carentes. Esta Reforma impactará negativamente em municípios de pequeno porte em que a economia gira em torno das aposentadorias rurais. A CPI da Previdência mostrou que a Previdência não é deficitária. Portanto, antes de propor uma Reforma da Previdência Social, é urgente realizar a Auditoria da Dívida Pública. Cabe ao Estado responder às brasileiras e aos brasileiros por que cerca de 40% do orçamento federal é destinado ao pagamento de gastos financeiros com uma dívida que jamais foi auditada - conforme manda a Constituição. Informações do site Auditoria Cidadã apontam que “nos últimos 10 anos, o Banco Central gastou R$ 938 bilhões com a remuneração da sobra de caixa dos bancos, provocando, ao mesmo tempo, uma despesa insustentável, aumento do estoque da dívida pública, escassez de moeda na economia e elevação das taxas de juros de mercado, com danos enormes à economia.” As pessoas estão cansadas de ver notícias tendenciosas a respeito do tema, muitas das quais defendendo o ponto de vista do mercado financeiro. Não por acaso, a proposta atual de Reforma prevê que nossa Previdência passe por um processo de capitalização, tal como ocorreu no Chile. O que ninguém conta é que, hoje, o Chile tem 80% das aposentadorias abaixo do mínimo. Não por acaso, o país lida com números assustadores de suicídio entre idosos. É isso que queremos replicar por aqui? Vamos desamparar os idosos em suas dificuldades? (Tg 1:27). A sociedade deve discutir o tema, opinar sobre quais mudanças são necessárias, de forma que estas sejam justas e baseadas na equidade, em que ricos paguem mais e pobres paguem menos, em uma lógica de solidariedade social. A Previdência Social é da população brasileira. Não cabe a grupos econômicos definirem sobre o futuro de um direito fundamental. Rogamos que os representantes e as representantes eleitas pelo voto popular não cedam ao lobby e às pressões dos grandes grupos econômicos, mas que honrem seus mandatos pensando no bem da população brasileira, cuja existência está cada dia mais orientada para a luta pela sobrevivência em um país violento e hostil ao bem-estar de seu próprio povo. Às tradições de fé, pessoas de boa vontade, movimentos sociais, sindicatos, conclamamos que organizem vigílias ecumênicas e inter-religiosas, rodas de conversa sobre a proposta de reforma da Previdência Social, e que cobrem os posicionamentos dos parlamentares que foram eleitos com o seu voto. Que o Deus da Justiça e da coragem nos dê ânimo e força.

Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil – CONIC Coordenadoria Ecumênica de Serviço – CESE 2019 / Mar - Abr

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Família Franciscana IRMÃS CONCEPCIONISTAS DE FORTALEZA-CE CELEBRAM OS PRIMEIROS VOTOS DA IRMÃ MARIA ANGÉLICA DA SANTA CRUZ

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Celebração aconteceu no dia 19 de março de 2019 no Mosteiro da Imaculada Conceição e São José na cidade de Fortaleza-Ceará. Na ocasião a Irmã Maria Angélica da Santa Cruz, até então noviça, fez os votos temporários e foi acolhida com alegria entre as irmãs que, por sua vez, se alegraram com ela. Rezemos por sua perseverança. Paz e bem.

30 DE ABRIL: ANIVERSÁRIO DA APROVAÇÃO DA ORDEM DA IMACULADA CONCEIÇÃO (CONCEPCIONISTAS FRANCISCANAS)

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Virgem Imaculada salvou Beatriz da morte asfixiada e pediu que ela fundasse uma Ordem religiosa para o louvor, serviço e celebração de sua Imaculada Conceição, no seguimento de Cristo.

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Em 1484 iniciou a nova ordem com doze jovens. Após cinco anos de vivência, santa Beatriz e a Rainha Isabel, elaboraram o pedido de aprovação da mesma. Os biógrafos contam que Santa Beatriz, desde pequena tinha uma terna devoção à Imaculada

e ao Arcanjo São Rafael, pois ele conduziu Tobias no caminho certo. Certo dia, Santa Beatriz foi chamada à grande roda da Portaria e um mensageiro falou com ela anunciando a grande notícia, que o papa acabava de aprovar


Família Franciscana

a nascente ordem. Santa Beatriz, estremece de grande alegria e quer gratificar o mensageiro mas ele logo desapareceu. A história diz que era o Arcanjo Rafael. Santa Beatriz anotou o dia, a hora e o ano, e logo foi aos pés de Jesus no Sacrário para agradecer. Era o dia 30 de abril de 1489. Passaram semanas e até meses, quando o mesmo mensageiro voltou ao Mosteiro e se identificou como funcionário do Vaticano transmitindo a triste notícia: “O navio que trazia a aprovação da Bula acabou de naufragar”. Santa Beatriz ficou com o coração esmagado de dor e durante três dias permaneceu prostrada pelo sofrimento e sem consolo junto do Sacrário e certamente pediu a interseção de seu grande amigo, o Arcanjo São Rafael. Após os três dias penosos, Santa Beatriz começou a ver as coisas sob outro prisma: o papa que dera a primeira Bula, poderia com o mesmo interesse dar uma

segunda. Mas, um fato extraordinário que a Tradição da Ordem das Irmãs Concepcionistas guardou e que manifesta a delicadeza de Deus para com Santa Beatriz e a interseção de São Rafael. Diz as crônicas da Ordem que, “após os três dias de sofrimento e lágrimas, abrindo Beatriz uma arca, na qual conservava objetos de uso pessoal, percebeu, em cima um pergaminho. Abriu-o cuidadosamente e percebeu estar escrito em latim e assinalado com os selos da Santa Sé. Mandou o precioso pergaminho ao bispo que confirmou ser de verdade a Bula da aprovação. Ainda hoje é conservada no coro da Igreja do Mosteiro da Casa Mãe em Toledo, podendo ver os sinais acentuados de ter sido molhado no náufrago”. Por isso a Bula fundacional é também conhecida como a Bula milagrosa. E Santa Beatriz, em suas imagens é representada sustentando a Bula.

DESCRIÇÃO DO QUADRO O quadro se desenvolve em três níveis: 1. Santa Beatriz no seu leito de morte, segurando a Bula “Inter Universa” que aprova sua nova Ordem, seu Propósito de Vida. 2. As doze primeiras candidatas à nova Ordem da Imaculada Conceição, ainda sem o hábito e profissão religiosa, mas dispostas a continuar o “sonho” de Santa Beatriz. 3. O bispo franciscano, acompanhado por um grupo de frades franciscanos, solícitos a não deixar morrer a frágil plantinha, nascendo do propósito de Santa Beatriz. Este quadro resume de modo muito acertado os três elementos que normalmente ocorreram no surgimento da nova Ordem. ·Propósito de vida ·A vivência deste propósito ·A presença dos Franciscanos.

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Mosteirinho de São Francisco - Paudalho/PE Registros afirmam que a Ordem Franciscana chegou a Paudalho no ano de 1635, durante as invasões holandesas, para abrigar os religiosos franciscanos que fugiam de Olinda, Recife e outras regiões de Pernambuco. Já em 1654, quando terminou a invasão holandesa, os religiosos retornaram a seus conventos e o mosteirinho, abandonado, voltou à posse de seu doador e herdeiros. (O fazendeiro Bernardo Gonçalves Lobo, que doou-lhes terra e material para que levantassem um hospício e capela). Hoje o Mosteirinho encontra-se em ruínas sendo restaurado pelo IPHAN.

Igreja Nossa Senhora das Dores - Fortaleza/CE

Igreja São João Batista - Igreja Nova/ Al

Serviço Provincial de Comunicação Arte e Diagramação: Frei Erick Ramon, OFM Revisão: Frei Faustino dos Santos, OFM Expedição: Secretaria Provincial Província Franciscana de Santo Antônio do Brasil Rua Imperador, 206, Recife - PE. CEP: 50010 - 240 - Tel: (81) 3424-4556 www.ofmsantoantonio.org / E-mail: ofmnordeste@gmail.com


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