440 anos da chegada dos primeiros frades menores a Pernambuco (1585-2025)

Acompanhe neste artigo, uma reflexão de Frei Marconi Lins de Araújo, atual guardião do Primeiro Convento Franciscano do Brasil que faz uma reflexão acerca destes 440 anos de presença dos frades menores em Pernambuco e de ínicio dos trabalhos da Custódia Santo Antônio

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12.04.2025 12:06:40 | 2 minutos de leitura

440 anos da chegada dos primeiros frades menores a Pernambuco (1585-2025)

Neste dia onze de abril, em que comemoramos os 440 anos da chegada dos oito franciscanos que vieram implantar a Custódia de Santo Antônio do Brasil, queremos cantar, com São Francisco, os louvores ao Altíssimo e Bom Senhor que nos deu uma história quatro vezes secular carregada do testemunho de fraternidade, minoridade e itinerária missionária desses irmãos vindo de Portugal. 

Temos uma história que identifica nossa vocação de frades menores dentro da sociedade brasileira e que nos mostra misturados com o projeto colonizador português, mas interpelados com o cuidado e proteção dos povos originários desta terra e também com os africanos trazidos escravos pelos colonizadores para explorarem a Terra de Santa Cruz. As contradições históricas não tiram o brilho de nossa presença dentro dela e do protagonismo que fomos construindo a partir do apelo evangélico que São Francisco recebeu do Altíssimo que, no século XIII, revelou que ele devia viver segundo a forma do Santo Evangelho. 

Os conventos do período colonial nos quais ainda habitamos, como o de Olinda, primeiro do Brasil franciscano, estão cheio de história, de evidências do que o Evangelho é capaz de fazer com o ser humano quando ele se deixa modelar pela vida de Jesus, o Filho de Deus, tornando-se peregrino da esperança e construtor de uma humanidade reconciliada e confraternizada, como era o sonho do Pobrezinho de Assis. 

Para nós, frades menores da Província Franciscana de Santo Antônio do Brasil, o dia de hoje carrega uma interpelação que deve ser escutada com o coração agradecido, como foi o de São Francisco, e que deve se transformar em compromisso com a história do povo brasileiro, história onde é possível sentir os clamores dos povos originários desta terra, dos afrodescendentes e dos pobres, maioria de nossa gente, para que defendamos não só os direitos humanos, mas, sobretudo, os direitos dos pobres, unindo-nos num projeto comum pelo protagonismo histórico dos pequenos, o cuidado com nossa Casa Comum, para que surja uma nova sociedade, iluminada e conduzida pela lógica do Evangelho, proclamado e inaugurado por Jesus Cristo, e assumida por São Francisco. 

Fonte: Frei Marconi Lins, OFM
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