Encenação da Paixão de Cristo no Convento Santo Antônio de Recife une arte, religião e inclusão

Espetáculo da Paixão de Cristo emociona ao unir teatro, fé e inclusão social no centro do Recife.

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15.04.2025 11:52:42 | 3 minutos de leitura

Encenação da Paixão de Cristo no Convento Santo Antônio de Recife une arte, religião e inclusão

A história de Jesus, apresentada em frente à Igreja e Convento Santo Antônio na noite desta segunda-feira (14), entrelaça-se com a vida de muitas pessoas em situação de rua. Sem um lugar fixo para repousar a cabeça, injustiçado, traído por amigos e pelos poderosos, a dor da perda de um filho — a história encenada parece se repetir no palco da realidade atual.

Embora já contada de tantas formas, a Paixão de Cristo continua sendo um dos maiores atos de amor ao extremo na história da humanidade. E esse ato é traduzido há três anos por um Grupo de teatro de Casa Amarela em parceria com o Convento para os moradores em situação de rua. O grupo narra a vida de um “Jesus das ruas”, que parte o pão com todos e, após tanto sofrimento, deixa a mensagem de que o amor é maior que tudo.

São cerca de 80 atores e 20 pessoas na produção do evento. Oito cenas narram desde a tentação de Jesus no deserto até sua Ressurreição. Em vários momentos, o palco se desloca para o meio da plateia, Jesus reza com o público a oração do Pai Nosso e, na hora da Santa Ceia, o pão é partilhado com os presentes. A inclusão acontece naturalmente, e aqueles que, por diversos motivos, não têm acesso às grandes apresentações teatrais nesses dias — muitas vezes privados da arte e da cultura — são os convidados de honra do espetáculo.

Antes do início da encenação, o bispo emérito da Arquidiocese de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido, destacou a beleza do espetáculo e afirmou que, acompanhando-o a cada ano, percebe uma evolução e uma dedicação cada vez maior de todos os envolvidos. “Entre tantas apresentações que este grupo realiza, acredito que esta seja a mais importante, pois é direcionada àqueles que são os favoritos de Jesus: os pobres”, destacou o bispo, que convidou todos a desfrutar da Palavra de Deus transmitida através da arte do teatro.

Ao final da apresentação, Frei Aluísio Fragoso, que compõe a fraternidade franciscana local, lembrou a todos da profunda mensagem encenada, que deve ser acolhida não com tristeza, mas com compromisso. “Não devemos chorar hoje porque Ele morreu, pois Ele está na glória. Por quem devemos chorar hoje? Por tantos irmãos que morrem de fome, que vivem nas ruas ou que estão espalhados neste mundo em zonas de guerra”, refletiu o frade franciscano.

O grupo de Casa Amarela conta com 23 anos de existência e apresentará o espetáculo completo da Paixão de Cristo nos dias 17, 18 e 19 de abril, sempre às 20h, na Concha Acústica do Sítio Trindade, na Zona Norte do Recife, com acesso gratuito. Os ambientes naturais do próprio sítio, juntamente com projeções a laser, acompanham a encenação e aproximam o público da vida de Jesus.


Fonte: Serviço de Comunicação Provincial
Imagem: Frei Roberto Alves, OFM
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