90 anos de vida e Jubileu de Diamante pelos 60 anos de Profissão religiosa na Ordem de Santa Clara de Ir. Maria Tadeu de Jesus, OSC
Irmãs Clarissas do Mosteiro do Santíssimo Sacramento em Canindé-CE celebraram no dia 27 de agosto uma festa com duplo motivo para louvar a Deus: Pelo dom da vida e pelo dom da vocação de uma de suas fundadoras, Ir. Maria Tadeu de Jesus, OSC.
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30.08.2023 22:31:09 | 4 minutos de leitura

“O Bom Deus me chamou não sei por quê. Só porque Deus é sumamente muito bom.” (Ir. Maria Tadeu).
Os últimos dias do mês dedicado às vocações contaram com motivos especiais para celebrar no Mosteiro do Santíssimo Sacramento em Canindé, Ceará. Irmã Maria Tadeu de Jesus celebrou 90 anos de vida e Jubileu de Diamante pelos 60 anos de profissão religiosa na Ordem de Santa Clara, Nascida em 1º de maio de 1933, na cidade de Igarapé-Açú, Pará. Seu nome de batismo é Maria do Carmo Nascimento Bezerra. Seus pais: Adelino Araújo Bezerra e Maria Nascimento Bezerra. Estudou 9 anos no grupo escolar de Igarapé-Açú. Fez sua primeira comunhão aos 9 anos de idade e o Crisma com apenas 5 anos administrado por D. Antônio Lustosa. Aos 18 anos sentiu o chamado para a Vida Religiosa de forma inesperada ao participar apenas por curiosidade de um encontro com o Fundador da Congregação das Irmãs Legionárias. Após alguns anos na Congregação vividos com muita alegria segundo ela mesma conta, decide seguir o desejo da vida contemplativa e foi ajudada por seu diretor espiritual D. Tadeu, OFM. Ingressou então no Mosteiro de Santa Clara em Campina Grande-PB no dia 13 de janeiro de 1960. Na vestição, feita após um ano e meio de Postulantado, recebe o nome de Ir. Maria Tadeu de Jesus, OSC, em homenagem a D. Tadeu grande incentivador de sua vocação. Fez sua primeira profissão aos 22 de agosto de 1963 e após três anos fez seus Votos Perpétuos a 22 de agosto de 1966.
Ir. Maria Tadeu foi uma das que se candidatou para fazer parte do grupo de fundadoras do Mosteiro do Santíssimo Sacramento em Canindé-CE, fundado pelas Irmãs de Campina Grande, e veio então no ano 1994 para oficializar a fundação da nova Comunidade. Morando no “Mosteirinho” como era chamada a casa provisória das Irmãs que acompanhavam o andamento da construção do Mosteiro que foi inaugurado no ano de 1996.
Além de diversos serviços prestados na Comunidade Ir. Tadeu se destacou pelos longos anos dedicados à fabricação das hóstias e ao serviço de sacristã, trabalhos que já exercia na Comunidade de Campina Grande, os quais exerceu até quando sua condição de saúde permitiu. Ir. Maria Tadeu também exerceu por alguns anos o ofício de Vigária na Comunidade.
Hoje aos 90 anos de idade apesar da dificuldade de locomoção ainda faz questão de ajudar nas tarefas da cozinha secando a louça, mas sua maior missão é ficar junto ao Santíssimo Sacramento exposto nos momentos em que a maioria das Irmãs estão empenhadas em suas tarefas. Apesar da idade ela conserva a memória muito viva de fatos de sua infância, juventude e de seu processo vocacional, bem como fatos da história da Igreja e do mundo.
A celebração em ação de graças pela sua vida e vocação aconteceu na manhã do dia 27 com a Santa Missa às 7h presidida pelo guardião do Convento de Santo Antônio em Canindé-CE, Frei Antônio Rodrigues, OFM que a partir da profissão de fé de Pedro presente no Evangelho do 21º Domingo do Tempo Comum, lembrou-se de Francisco e Clara que fizeram a experiência de beber na fonte que é o próprio Jesus. O frade recordou ainda do testemunho de Ir Tadeu e o quanto por muito tempo ela foi desejando e se aproximando desta mesma inspiração dos pais seráficos o que a fez abraçar e viver com tanto ardor. “O que posso falar para a senhora? Agradecer em primeiro lugar pela sua vocação e entrega e em especial pelo ser amor e zelo por esta forma de vida” frisou o celebrante se dirigindo a jubilanda, que concluiu sua homilia fazendo uma prece para que o sim da religiosa continue inspirando a todos que também fazendo uma experiência com o Mestre reconhece-o como Senhor.
A celebração deu continuidade repleta da temática vocacional e com todo o tempo de vida e vocação celebrado pela religiosa pode ouvir em meio às homenagens da comunidade, pela voz de sua sobrinha a canção que faz recordar que um dia foi preciso deixar um barco esquecido na praia e que entregar o leme a Jesus foi a melhor escolha.
“O Bom Deus me chamou não sei por quê. Só porque Deus é sumamente muito bom.” (Ir. Maria Tadeu).

Fonte: Irmãs Clarissas do Mosteiro do santíssimo Sacramento Canindé-CE