Aberto o 18º Congresso Eucarístico Nacional em Recife Pernambuco

Após ser adiado por conta da Pandemia da COVID 19, o evento acontece na Arquidiocese de Olinda e Recife de 11 a 15 de novembro e tem como tema “Pão em todas as mesas” e o lema “Repartiam o pão com alegria e não havia necessitados entre eles"

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12.11.2022 13:09:02 | 6 minutos de leitura

Aberto o 18º Congresso Eucarístico Nacional em Recife Pernambuco

         Na terra dos altos coqueiros como é apresentada no hino do Congresso Eucarístico Nacional, deu início no último dia 11 de novembro em Recife, Pernambuco, mais uma edição do encontro que busca refletir sobre a Eucaristia, tempo Festivo para o povo que na busca de que haja pão em todas as mesas, a comunhão se manifeste.

        Várias atividades marcaram o primeiro dia de Congresso Eucarístico em Recife, Pernambuco. Logo cedo as pessoas poderão acompanhar a abertura dos trabalhos da Feira Católica com mais de 140 expositores no Centro de Convenções de Pernambuco, mostrando a pluralidade da Igreja que busca uma constante unidade. Nos stands espalhados, os visitantes encontram desde a venda de artigos religiosos, como também os Serviços de animação Vocacional de diversas Congregações e produtos regionais do estado.

        Na parte da tarde, reunidos na Catedral Metropolitana do Santíssimo Salvador na Sé de Olinda, bispos, religiosos e leigos entoaram a Oração da Tarde com textos e salmos próprios da Hora Média do dia. O Servo de Deus Dom Helder Câmara foi lembrado na celebração com a entrega de uma réplica da cruz peitoral usada pelo prelado aos bispos presentes. Antes do rito da bênção e da entrega do símbolo religioso, Monsenhor Albérico Bezerra secretário executivo da CEN, lembrou as palavras do bispo que tinha um zelo e carinho por sua cruz de madeira que não a tirava do pescoço, nem mesmo se um dia se tornasse papa.

        O momento ápice do primeiro dia de Congresso reuniu cerca de 10 mil pessoas na parte externa do Centro de Convenções. A missa de abertura do evento foi presidida pelo enviado especial do Papa Francisco, o cardeal Dom António Marto, e concelebrada pelo núncio apostólico no Brasil, Dom Giambattista Diquattro; o arcebispo de São Paulo, cardeal Dom Odilo Pedro Scherer; o presidente da CNBB NE2, Dom Paulo Jackson Nóbrega de Sousa; o arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido, e seu auxiliar, Dom Limacedo Antônio da Silva. A celebração também contou com outras autoridades políticas como o Governador do Estado de Pernambuco, Paulo Câmara.

        Em suas palavras iniciais o Arcebispo de Olinda e Recife, acolheu a todos os presentes e trazendo as palavras de Jesus no Evangelho de São Lucas na última ceia demonstrou o desejo de seu coração que ardentemente esperava por todos para a vivência deste momento especial. O arcebispo ainda lembrou que a eucaristia em si mesmo deveria ser permanente Congresso de amor e comunhão e que este evento deseje gerar comunhão e unidade da Igreja. "O esforço maior deve ser o de suscitar uma cultura eucarística, transformando em gestos e comportamentos de vida a graça de Cristo que se doou totalmente." frisou o prelado.

        Durante a homilia, o Legado pontifício destacou o tema belo e atual do encontro e ao fazer memória das diversas realidades difícil encontrada no mundo atual como a guerra, a Pandemia da COVID 19, a desigualdade social e a fome, lembrou que este dom que nos é oferecido no sacramento da Eucaristia possa ser verdadeiramente acolhido na vida e possa dar frutos abundantes e graças e esperança a este mundo e a este tempo difícil.

        O Bispo emérito, a partir da liturgia especial usada na celebração Eucarística, lembrou três aspectos do pão. O primeiro deles "Pão para o povo" o cardeal recordou a forma como Jesus olha para a multidão com compaixão, olha para aqueles que estão com estômago vazio e multiplica o pão e o peixe e que em meio à fome de justiça, amor, solidariedade e de Deus que trazia a aquela multidão, Jesus deseja que nasça entre as pessoas uma comunhão de vida. "De uma multidão dispersa, Jesus cria uma nova comunidade, um povo novo que vive d"Ele e encontra nele sua unidade, o novo povo de Deus de irmãos e irmãs em comunhão." frisou o presidente da celebração.

        Com um segundo aspecto "Pão partido e partilhado para todos" Dom Antônio Marto recordou que para realizar o milagre Jesus não partiu do nada, enquanto os apóstolos recorreram a lógica mais natural do mundo que é a lógica do mercado, Jesus escolhe uma lógica diferente, a lógica do dom, da partilha e da gratuidade que acontece a partir da partilha dos cinco pães e dois peixes que o rapaz pôs a disposição de Jesus. A partir desta imagem, o Bispo Emérito lembrou que cada vez que oferecemos o pouco que temos, Deus pode realizar maravilhas.

        Ainda sobre este segundo ponto, o legado pontifício convidou a todos a refletirem que podemos dizer que neste episódio, Jesus está enfrentando o problema da pobreza no mundo atual que grita por partilha solidária em face de uma mentalidade economia, financeira e política dominada pela ganância do lucro e do poder e lembrou aos participantes que os cristãos não podem permanecer indiferentes ao escândalo da pobreza e da fome e que as lamentações não resolvem nada. "Deus para matar a fome dos indigentes precisa do meu pão, do teu pão do nosso pão." ressaltou o prelado ao falar sobre a importância da partilha.

        No último aspecto, todos foram chamados a refletir sobre o "Pão da unidade". Dando um destaque especial a Carta de São Paulo aos Coríntios, o bispo emérito lembrou que a eucarística nos forma como corpo de Cristo e que ela não é um sacramento privado, intimista, e sim o sacramento da unidade que nos faz experimentar a maravilha da comunhão em meio à diversidade. Nesta reflexão sobre a unidade o prelado ainda lembrou que "Cada Igreja e cada comunidade cristã, a partir da eucaristia deve configurar como Casa da comunhão, casa do pão onde cada um é acolhido, escutado, amado, perdoado e encorajado a viver a vida do Evangelho.”

        Ao final da homilia Dom António Marto lembrou ainda grandes exemplos de santidade nordestina como Padre Cícero, Santa Dulce dos Pobres e Dom Helder Câmara e o quanto eles assim como Madre Tereza de Calcutá conseguiram tocar a carne de Cristo nos pobres e nas crianças abandonadas.

        O ministro Provincial da Província Franciscana de Santo Antônio do Brasil, frei João Amilton e confrades de diversas fraternidades de Pernambuco participaram da celebração de abertura. O Congresso segue até o dia 15 de novembro com outros momentos especiais com Celebrações Eucarísticas, Simpósio Teológico, Catequeses Públicas, Feira Católica, exposições e apresentações culturais, a partir do tema: “Pão em todas as mesas” e o lema “Repartiam o pão com alegria e não havia necessitados entre eles".

Fonte: Comunicação Provincial
Imagem: Congresso Eucarístico Nacional
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