Frei Wellington Reis: Aprendamos a domesticar o nosso tempo para priorizar bem a nossa caminhada

O terceiro dia de Capítulo Provincial começou com a Eucarística da quarta feira da primeira semana do Tempo Comum e foi assumida pelo Regional do Ceará e Rio Grande do Norte. 

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10.01.2024 11:03:00 | 4 minutos de leitura

Frei Wellington Reis: Aprendamos a domesticar o nosso tempo para priorizar bem a nossa caminhada

         As atividades diárias do Capítulo Provincial começam ao redor da Mesa da Palavra e da Eucaristia. No exercício da escuta e da partilha, os irmãos realizam o exercício que também é próprio da sinodalidade. E em sintonia com o tema e o lema destes dias capitulares a liturgia da Palavra desta quarta feira chamou atenção a partir da figura do jovem Samuel e da prática missionária de Jesus a escuta e o discernimento. 

        A celebração foi assumida pelos frades que compõem o Regional do Ceará e Rio Grande do Norte. Após a liturgia da Palavra, Frei Wellington Reis proferiu sua homilia para a fraternidade provincial, tendo como base o texto do Evangelho de Marcos 1, 29-39 apontando aspectos em sintonia com a proposta de reflexão capitular. Diante do ritmo acelerado do tempo, que muitas vezes nos coloca na prática de uma corrida desenfreada, a forma correta de correr com perseverança com os olhos fixos em Jesus encontra resposta na própria prática missionária do Mestre. Para não cair no risco de um mero movimento que gera cansaço e não nos proporciona um encontro, o frade apontou alguns aspectos que merecem atenção.

           O primeiro aspecto, parte da escuta, “no ritmo acelerado da vida, corremos o risco de não praticar a escuta. O modelo de Jesus nos ensina a viver esta dimensão, primeiro ele escuta aquela comunidade, suas necessidades, assim Ele é atento àquela que está muito próximo, ele vai curar, cuidar e age com zelo. Diante de tal ação outras pessoas querem falar e tocar Jesus e assim mais uma vez ele tem a capacidade de escutar com zelo e atenção no toque e no olhar” lembrou o frade.

           O segundo aspecto, é o risco da fama que marca a corrida desenfreada de quem segue sem rumo ou sentido, “Jesus não se deixa se levar pela fama, do aparecer que muitas vezes nos leva a ofuscar a presença de Jesus. O Senhor não se deixa levar diante dos chamados ali da mesma comunidade, mas vai ao deserto para que escutando a Deus, possa discernir qual o caminho tomar dentro da correria dos afazeres do dia a dia. Jesus vai e tem um tempo para o Senhor, depois desse tempo não volta a mesma comunidade que ele estava, onde pudesse talvez favorecer a fama, o sucesso e o aparecer, Ele vai a outros lugares, mas com os olhos fitos em Deus não se perdendo diante de tanto chamados, mas aí focando naquilo que era apresentar um novo rosto de Deus um Deus da misericórdia do amor da escuta da atenção de tudo aquilo que a gente sabe quem é o novo rosto de Deus apresentado nos Evangelhos.”.

           O terceiro aspecto foi um chamado a necessidade priorizar o tempo, “precisamos aprender a domesticar o nosso tempo e diante disso nos perguntar, quais prioridades nós temos? Às vezes a gente faz muita coisa, mas qual é dentro disso tudo, o que a gente faz que realmente seja essencial, ou só queremos os resultados rápidos, fazendo tudo muito acelerado, e assim muitas vezes não somos capazes de escutar o apelo, a dor, a ferida daquele que está ali ao nosso lado?” indagou Frei Wellington.

           Concluindo sua reflexão, o frade recordou suas experiências recentes no Santuário de São Francisco das Chagas em Canindé no Ceará que inclusive levou a dar ainda mais sentido a missão dos frades no sertão cearense. Partilhando sobre suas experiências nas Confissões e bênçãos no Santuário, o frade lembrou a dificuldade de atender a tantos que recorrem aos sacramentos e a necessidade de não somente realizar o atendimento de qualquer forma, mas de dar qualidade a estes encontros. “O povo tem necessidade de ser ouvido, de ser tocado, e isso leva tempo, um tempo que não é gasto, pois também ganhamos e fazemos uma experiência profunda com cada encontro.” A partir desta fala o frade convidou a todos “a aprender a domesticar o nosso tempo e realmente priorizar aquilo que realmente é essencial para nossa missão” finalizou a homilia.
           A celebração festejou ainda os 53 anos de vida religiosa de Frei José Domingos e Frei João Sannig e os 38 anos de vida religiosa de Dom Carlos Alberto Breis.

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Fonte: Frei Roberto Alves | Comunicação da Província Franciscana de Santo Antônio do Brasil
Imagem: Frei Lorrane Clementino, OFM
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