IDENTIDADE FRANCISCANA: O que é ser um padre franciscano?

No primeiro texto da série sobre a Identidade Franciscana, conheça mais sobre a diferença entre o Padre Diocesano e o Padre Franciscano com um artigo preparado por Frei João Pedro, OFM.

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04.08.2022 09:10:02 | 3 minutos de leitura

IDENTIDADE FRANCISCANA: O que é ser um padre franciscano?

      Esta pergunta é pertinente face os questionamentos apresentados pelos vocacionados. Existe, de fato, alguma diferença entre a vocação presbiteral e a vocação de Irmão nas Ordens franciscanas (OFM, OFMCap e OFMConv)? São duas vocações distintas: enquanto o padre franciscano se insere nas atividades do ministério presbiteral, o Irmão de vocação laical abraça serviços eclesiais não-clericais, isto é, aqueles serviços que não exigem a recepção do Sacramento da Ordem, a investidura de uma ordenação sacerdotal. Segundo as orientações da Ordem dos Frades Menores: Vós todos são Irmãos. São estados de vida escolhidos a partir de discernimentos humanos-espirituais. Tanto o padre diocesano quanto o padre franciscano têm as mesmas investiduras sacras, ambos recebem o Sacramento da Ordem. Porém, cada um tem sua especificidade segundo a sua pertença, seja ao clero regular ou ao clero secular (Diocesano). Todavia, o franciscano de vocação clerical pode realizar o seu ministério presbiteral, com sua espiritualidade franciscana, nas suas atividades numa diocese.   

        Nosso Pai São Francisco, nas fontes franciscanas, na carta enviada a toda  a Ordem, no parágrafo 23, fala aos Irmãos de vocação presbiteral: “Considerai a vossa dignidade, irmãos (cf. 1Cor 1, 26) sacerdotes e sede santos, porque ele é santo ( cf. Lv 19, 2)". Bem sabemos também que o Poverello tinha uma grande reverência para aqueles que exerciam o ministério presbiteral.

        Sabemos que todo padre é chamado a se configurar com o Cristo pobre, humilde e crucificado. O próprio Papa Francisco, em suas reflexões acerca desta vocação, tem chamado a atenção para o serviço, a ternura e a proximidade com aos fiéis. Sendo assim, o sacerdote franciscano, através dos conselhos evangélicos, é convidado a exercer o seu ministério presbiteral na fraternidade, no cuidado dos irmãos para incluí-los na vida fraterna da Igreja no Cristo eucarístico.

       Consequentemente, o frade presbítero levará esse Cristo experienciado pelo nosso Pai Francisco de Assis, em fraternidade no mundo e a todos os que sofrem, nas diversas realidades da sociedade atual. Curando e libertando os corações feridos pelas situações e experiências que a vida pode nos oferecer.

       O sacerdote dentro de nosso carisma franciscano é antes de tudo um irmão chamado a ser vínculo de unidade entre o povo, rebanho do Senhor, e a fraternidade universal. Ser um presbítero franciscano é ser um frade menor associado a Trindade e a toda a criação, como o próprio Francisco de Assis o revela no Canto das Criaturas no momento da sua páscoa. Ser instrumento de Paz e Bem no mundo, sendo pastor e bom samaritano, ele continua a acolher a todos e a nos inspirar a viver no Espírito, a superar a indiferença que tanto assola os corações da humanidade.

       Nesta primeira semana do mês vocacional, recordamos a Vocação Sacerdotal e partilhamos com o Pai Seráfico o desejo de que os sacerdotes continuem firmes no seguimento do Cristo pobre, na simplicidade e na vida fraterna; que eles aspirem ser um Irmão menor no mundo, trabalhando para o Reino de Deus. E suplicamos ao povo de Deus que nos unamos e rezemos pelos franciscanos presbíteros, para que tenham forças na caminhada e perseverem ao lado do Povo de Deus. Que o ministério presbiteral franciscano reforce os elos da fraternidade universal.

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Fonte: Frei João Pedro | Contribuição e Revisão: Frei Marcos Almeida
Imagem: Frei Lorrane Clementino, OFM
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