Ramos da Família Franciscana presente no Curso de Franciscanismo

Refletindo sobre o Carisma Franciscano, o Curso Interprovincial de Franciscanismo acolhe e apresenta aos frades de profissão temporária os diversos ramos da Família Franciscana.

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25.01.2023 07:51:44 | 1 minutos de leitura

Ramos da Família Franciscana presente no Curso de Franciscanismo

        Assim como uma árvore frondosa, os galhos verdes e vivos do carisma franciscano alcançam a todos na Igreja. Leigos, religiosos e padres conseguem expressar sua missão a partir do carisma iniciado por Francisco e Clara de Assis há mais de 800 anos atrás. 

        Fazendo um percurso franciscano durante o Curso em Bacabal MA, os jovens frades mergulharam sobre os diversos ramos que compreende o carisma. A partir de Francisco de Assis e sua regra bulada que celebramos o oitavo centenário de confirmação, as diversas assessorias foram traçadas e apresentadas, até chegar a todo o conjunto da Família Franciscana. 

        A programação da segunda (23), começou com a formação sobre a Ordem Franciscana Secular, com a participação de Mayara Ingrid que com uma vasta experiência junto a Ordem transmitiu aos presentes sobre a missão dos terceiros franciscanos. A assessora iniciou sua partilha trazendo um pouco da origem do movimento penitencial Franciscano que levou a tanto leigos a também querer seguir os passos do santo de Assis e sua identidade que tem como base a Penitência, secularidade, autonomia e unidade.

        Apresentando trechos dos escritos, regras e constituições da Ordem Franciscana Secular, a assessora foi trazendo os desafios dos dias atuais e a busca pela fidelidade com a origem  do movimento presente como registro ainda na Carta aos Fiéis escrita por São Francisco aos irmãos da penitência. O texto que mostra sinais de inserção e a atuação no meio social e eclesial confirmou aquilo que Mayara partilhava com o grupo como essencialidade dos terceiros: "A origem de nossa Ordem é baseada na secularidade" 

        No encerramento de sua fala Mayara recordou a unidade existente entre a primeira ordem e a OFS que segundo seus documentos lembra que faz parte da missão dos frades e da TOR estarem juntos com os terceiros franciscanos em comunhão recíproca, fazendo crescer a espiritualidade de unidade fazendo primeiro crescer no seio da fraternidade, depois na comunidade eclesial e assim de em todos os lugares.

Partilha sobre a JUFRA inicia a programação do nono dia do Curso Interprovincial de Franciscanismo

        Rosto Jovem  do carisma, fraternidade, movimento franciscano etc. Assim foi definido em um tempestade de ideias o que é a Juventude Franciscana (JUFRA). Aos poucos esta tempestade foi se tornando em uma definição mais clara com a explanação de Mayra Santos, jufrista de Floriano que partindo da história do grupo juvenil ainda na Itália, apresentou a chegada da JUFRA no Brasil e como hoje está organizado. 

        Durante a formação, em uma rodada de perguntas e resposta, o grupo foi partilhando sobre a importância da Assistência e a caminhada da Primeira Ordem em unidade com os jufristas, que mesmo autônomos carregam o desejo de querer caminhar juntos na fidelidade ao carisma franciscano. Mayra foi explicando os desafios da realidade atual e em meio a reflexões esperançosas do grupo foi apontando como o caminho pode ser feito para a proximidade. 

        A segunda parte da manhã, ainda sobre a Juventude Franciscana foi conduzida pelo jufrista Hislley Meneses. No início de sua partilha, o jovem apresentou aos frades os materiais formativos que acompanham as etapas dos jovens que desejam abraçar o carisma com temas voltados ao franciscanismo, o conhecimento da Igreja, humanos e sócio políticos ambientais. 

        O tema sobre a Assistência espiritual voltou a tona na partilha de Hislley lembrando o artigo 12 do Estatuto para a Assistência Espiritual e Pastoral à Ordem que ressalta a importância do serviço e que esta deve ser designada pelo Superior Geral competente para o serviço a uma determinada fraternidade. Para concluir a assessoria, divididos em grupos, os cursistas refletiram sobre o Manifesto de Guaratinguetá feita no dia 30 de Novembro de 2011 e que em três processos mostram os verbos reafirmar, querer e assumir.

Irmã Maria Leticia, OSC: Venho aqui partilhar do mesmo carisma que vocês vivem. Somos Franciscanas!

        A programação da tarde, deu inicio com assessoria de Ir Maria Letícia que é Madre do Mosteiro de Santa Clara localizado em Campina Grande na Paraíba. No formato virtual, a irmã se fez presente no cronograma do Curso para falar sobre Santa Clara. No início de sua fala, a clarissa fez questão de ressaltar a unidade existente entre a Primeira e segunda ordem como frutos da mesma inspiração e que bebem do mesmo carisma. 

        Pilares importantes sobe a vida clariana foi lembrada pela Madre, como por exemplo o tema da clausura, lembrando que ela não é um fim em si mesma, mais um lugar para guardar a vida em Deus. Um lugar que guarda a vida por inteira para uma relação com Jesus. "Se Clara, sendo uma mulher tão forte a ponto de sustentar firme até mesmo revidando o desejo de um Papa o voto de pobreza, não quisesse a clausura, ela não tinha permanecido lá." frisou Ir Leticia ligando a clausura como meio para contemplação. 

        O segundo pilar apresentado foi a pobreza que para Santa Clara é uma pessoa, é Jesus Cristo. É o seguimento daqu'Ele que foi pobre, humilde e crucificado. "Para Clara e Francisco a pobreza é seguimento e imitação de Jesus. Ele é espelho na vivência deste pilar" lembrou a Madre apontando o voto de sem nada de próprio professado pelas duas Ordens. Ir Letícia ressaltou que a dimensão apresentada está presente no seu Mosteiro em não ter uma renda fixa, não ter prédios alugados, sendo o único meio financeiro, a ajuda dos benfeitores e o trabalho, sendo este último uma expressão da pobreza.

        Entre a fala dos temas principais na vida de Santa Clara, Ir Leticia respondeu algumas perguntas do presentes e a partir de uma das questões falou sobre sua caminhada vocacional que começou muito cedo com as provocações sobre a vida consagrada e que este ano celebra 20 anos de vida religiosa. "Assim como Clara, eu vi Francisco de Assis e me encontrei vocacionalmente" recordou a religiosa. 

        Um outro pilar refletido foi o que Santa Clara chamava de santa unidade. A Madre frisou que vida fraterna é que as faz ser Irmãs Clarissas, lembrando que não há vida clariana sem fraternidade. "O termômetro da nossa contemplação, de que estamos rezando bem, estar na fraternidade" partilhou a religiosa. O quarto e último pilar está ligado sobre a unidade com a Primeira Ordem. Ir Leticia recordou a ligação profunda de Santa Clara desde o início com São Francisco ao ponto de o santo sonhar com a criação da forma de vida clariana antes mesmo de iniciar um Ordem, assim também como a presença da santa fundadora junto com os frades após a morte de Francisco como guardadora do carisma. 

Fonte: Comunicação Provincial
Imagem: Frei Luiz Antônio, Frei Roberto Alves e Frei Leandro Kamal
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