12º Domingo do Tempo Comum, Ano C: Assumir a Cruz para seguir Jesus

Acompanhe a Reflexão de Frei Pedro Júnior onde com o retorno ao Tempo Comum após Pentecostes, se destaca a figura de Jesus como Filho de Deus que sacia a nossa sede e nos convida para um verdadeiro reconhecimento de Cristo vendo como Ele é, e não como desejamos que Ele seja.

Reflexão Dominical

22.06.2025 07:00:00 | 4 minutos de leitura

12º Domingo do Tempo Comum, Ano C: Assumir a Cruz para seguir Jesus

      Depois de viver a experiência litúrgica de Pentecostes, que encerra o tempo pascal, e a solenidade da Santíssima trindade, voltamos para o Tempo Comum. Celebramos hoje o 12º Domingo do Tempo Comum com um Jesus que se apresenta como Filho de Deus e como fonte que sacia nossa sede como expressa no Salmo 62. Nem todos fazem a experiência do Messias do jeito certo, pois esperam apenas glórias sem o sofrimento da cruz. Jesus é claro e pede que assumamos a nossa cruz para o seguir. 

      Algumas perguntas norteiam o ser humano e, com isso, ajuda a dá um sentido a sua vida: Quem eu sou? De onde vim? Para onde vou? Essas são perguntas que em todas as épocas o ser humano se fez. Conhecendo todas essas indagações Jesus propõe outro tipo de reflexão: “quem diz o povo que eu sou?” (Lc 9, 18b). Não se trata de uma crise de identidade como se não soubesse o que estava fazendo, mas sim, qual ideia o povo tem Dele e ao mesmo tempo o que pensa seus amigos (discípulos) mais próximos. Somente depois de um momento intimo de oração (Lc 9, 18a) para se chegar a uma pergunta como essa. Somente uma intimidade e amizade profunda para falar como Pedro: “O Cristo de Deus” (Lc 9, 20). A pergunta continua: quem é Cristo em nossas vidas?

      Infelizmente só reconhecemos Cristo nos momentos de sofrimento e isso tem um motivo bíblico, pois Deus ouve o clamor de seu povo. Nos momentos mais difíceis do povo, Deus derramou “... um espírito de graça e de oração: eles olharão para mim” (Zc 12, 10b). É nos momentos mais cruciais de nossa vida que Deus se faz presença; quando tudo parece estar contra é que a ternura de Deus se manifesta. Bom mesmo é reconhecer Cristo em nossa vida em todas as horas, não apenas como retribuição do amor de Deus, mas por constatar que somos feitos de amor e para o amor.

      Este amor não para em Deus e a humanidade, estende-se para aprendermos a amar uns aos outros, pois “vós todos são filhos de Deus pela fé em Jesus Cristo” (Gl 3, 26). Não raro encontramos pessoas se autodenominando melhor ou buscando ser, seja por um ato egoísta seja para mostrar aos outros. Ou dizendo que para ser bonito precisa ser forte e alto, ou ainda que para ter um corpo perfeito precise ser magro. Quando reconhecemos o amor de Deus na nossa vida tudo aquilo que parece ser melhor se desmancha, perde o valor que inicialmente atribuímos e um novo valor de ordem se estabelece. Permanece aquilo que nos afeta.

      A pergunta muda agora: Em Cristo o que nos afeta? Como vimos no Evangelho de hoje, Jesus relata o que vai acontecer com Ele: “... deve ser morto e ressuscitar no terceiro dia” (Lc 9, 22b). Na cabeça dos discípulos jamais Cristo morreria, pois é Filho de Deus. Era justamente se apegando a essa ideia “errada” de Jesus que mantinha os discípulos próximos Dele. No fundo eles não se deixaram afetar, acreditam apenas nas suas próprias ideias. Somente com a ressurreição eles vão compreender e se deixar afetar por Jesus. Não sei se todos se sentem afetados, amados, tocados por Deus. O certo é que já chegou a hora de reconhecermos Cristo em nossas vidas, seja na família, escola, trabalho...

      Portanto, somos chamados neste dia a reconhecer Cristo não como pensamos ser, mas como Ele realmente é. Se alguém perguntar quem Dizes ser Jesus? Não se esquive em Dizer: Emanuel, Deus conosco.

Fonte: Frei Pedro Júnior Freitas, OFM
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