Vocação Laical: O que é ser uma Leiga Franciscana?

Acompanhe a partilha da Terceira franciscana Rosilene Morais que apresenta o significado de ser leiga franciscana em nossos dias.

       Celebramos neste quarto domingo do mês de agosto, a vocação dos cristãos leigos. E de forma especial, em 2022 somos chamados a testemunhar por vocação, não o Cristo Crucificado, mas o Cristo Vivo, Ressuscitado. Como Maria Madalena, somos convidados a fazer a experiência que ela fez, ao ponto de testemunhar: “Eu vi o Senhor” (Jo 20,18).

       Para os leigos franciscanos, essa urgência em testemunhar o Cristo Vivo precisa arder no peito, com duplo compromisso, pois pelo Batismo, somos chamados a colaborar com a construção da Igreja, em nosso cotidiano, sendo sal da terra e luz do mundo. Pela Profissão, nos tornamos mais intimamente ligados ao compromisso batismal, na missão de sermos discípulos do Cristo em nosso “Convento”: o mundo secular, o nosso chão, o nosso dia a dia, a nossa relação fraterna. (Regra e Vida 6, 12, 14, 15).

       Para assumir a dimensão de um laicato maduro na dimensão secular, não precisamos ir muito além do nosso chão, do nosso território, do nosso mundo. No seguimento do Cristo, precisamos diariamente “subir à montanha”, alimentando a a dimensão pessoal do laicato no Deus da Vida e paralelamente, fazer o exercício diário de “descer à planície”, onde somos chamados constantemente a experimentar a dimensão fraterna e universal do laicato maduro, testemunhando o Cristo Vivo, assumindo serviços pastorais na Igreja, participando da vida sacramental, sendo bons trabalhadores, estabelecendo relações justas e honestas, acolhendo os mais vulneráveis, ouvindo o outro, exercendo o perdão, sendo pontes, encorajando, defendendo a vida. 

       É em nosso cotidiano, mesmo em um mundo individualista, desigual e violento,  que o nosso laicato maduro se faz e se refaz, à luz do Evangelho e da Regra e Vida que professamos, a partir da nossa presença franciscana serena e responsável.